Os alunos que fizeram as aulas de moto e marcaram para fazer a prova nesta sexta-feira (31), em Guarapari, voltaram para casa sem fazer o exame. É que os instrutores de autoescolas estão em greve, e por causa disso a prova não aconteceu. Na Rua Heitor Lugon, na Prainha de Muquiçaba, onde ocorre as provas, havia óleo na pista e tinta no percurso, para confundir os alunos. Ainda não se sabe quem colocou os empecilhos.

De acordo com a mecânica montadora, Rosileia Nascimento Figueiredo, 34 anos, havia muito óleo na pista impedindo a realização da prova. “Muitos alunos estão com seus processos vencendo no dia 20 de novembro e saíram prejudicados chorando. Eu preciso da minha carteira ainda esse ano e está me prejudicando”, disse Rosileia.

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As negociações entre o sindicato e as empresas vem ocorrendo há dois meses.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte e Logística de Cargas e Passageiros em Geral (Sintrovig) de Guarapari, Wallace Fornaciare Belmiro, as negociações entre o sindicato e as empresas vem ocorrendo há dois meses. “Na hora das autoescolas cumprirem o acordo, apenas duas cumpriram e as demais não acataram”, disse.

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Na Rua Heitor Lugon, na Prainha de Olaria, onde ocorre as provas, havia óleo na pista e tinta no percurso, para confundir os alunos.

Segundo o presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Espírito Santo (Sindauto-ES) Anderson Perosini, o sindicato entrou na justiça para pedir a suspensão da greve. “O Sintrovig não está apto para atender a categoria de instrutores de autoescola, além disso, apenas 5% da categoria aderiram ao movimento”, disse Anderson Perosini.

O presidente da Associação das Autoescolas de Guarapari (Apag), José Francisco Salvador, informou que as autoescolas tem interesse em negociar com a categoria. “A Apag recorreu a Justiça para suspender a greve. A nossa proposta é negociar direto com os instrutores na data base deles que é em janeiro”, disse. A prova que ocorreria na última quarta-feira (29), também foi suspensa por causa da greve. Após saírem do local de prova, os candidatos se dirigiram até a 5ª delegacia regional de Guarapari, onde registraram um boletim de ocorrência, informando que não fizeram o exame por causa da greve.

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Categoria reivindica dez por cento de reajuste salarial e R$ 182 de ticket alimentação.

Resposta. O Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran/ES) informou por nota que trata-se de uma questão trabalhista entre autoescolas e seus instrutores no município de Guarapari.

Confira a nota na integra. “O Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES) informa que a situação é referente a uma questão trabalhista entre autoescolas e seus instrutores no município de Guarapari. O Detran|ES, para não prejudicar os candidatos afetados pela ausência da prova prática irá transferir o exame dos candidatos, sem prejuízo financeiro. Os candidatos devem procurar a sua autoescola para reagendar o exame. O Departamento reforça que trata-se de uma questão trabalhista entre autoescolas e seus instrutores, estando o órgão e os seus examinadores agindo na medida do possível para não prejudicar o processo de habilitação dos candidatos”

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