Nessa semana, alguém presenciou e filmou a Companhia de Melhoramentos e Desenvolvimento Urbano de Guarapari (CODEG) agindo contrário aos próprios princípios que deveriam lhes reger.

A nova gestão não tem nem três semanas de atividades na cidade e já começa ruim. Vale ressaltar que várias matérias jornalísticas divulgaram, inclusive com imagens em vídeo, a ação da CODEG despejando uma razoável quantidade de lixo num terreno baldio e impróprio para isso. Os atores eram membros da nova administração.

Várias matérias jornalísticas divulgaram, inclusive com imagens em vídeo, a ação da CODEG

A situação se inverteu, pois, quem deveria promover a limpeza e o asseio, já começa a sujar a imagem da CODEG frente aos olhos da sociedade local, e não somente. Esse mau comportamento prejudica ainda mais o desempenho e a identidade da organização em Guarapari. Por mais que uma empresa se esmere para selecionar bons profissionais, a dinâmica de trabalho acaba revelando que nem todos se ajustam bem a sua engrenagem.

É por essa mesma razão que antes de contratar um funcionário que deve atuar com atendimento ao cliente, por exemplo, ele deve ser testado por, pelo menos dois meses, para saber se sua comunicação com a clientela é adequada aos parâmetros da empresa. Por motivo, os famosos cabides de empregos e cargos comissionados tendem a não dar certo na gestão da coisa pública; pois, na maioria esmagadora das vezes, estes nomes são colocados por afinidade e tão somente, sem um critério e sem nenhuma avaliação dos candidatos, antes de contratá-los em definitivo. Assim, as coisas tendem a caminhar capengas.

O assunto não é de interesse pessoal. Particularmente, o terreno onde foram despejados os entulhos, não é nosso. O tema é de interesse público. Ainda mais em se tratando de um assunto tão importante que é a preocupação com o destino do lixo, para não gerar o foco da transmissão da dengue, chikungunya, leptospirose, febre amarela etc., tão divulgados pela prefeitura de Guarapari, estado e nação.

Muito embora alguns possam elencar que algumas pessoas mal educadas também despejam entulhos em locais proibidos, o tema em destaque não está voltado para a sociedade, mas sim para uma empresa pública que deveria ser referência no assunto e dar exemplo para a própria comunidade local. Gente mal educada não é referência pra gente educada.

A CODEG só retirou o entulho que ela mesma colocou, depois de uma denúncia formal. Se isso não tivesse sido flagrado, provavelmente, até hoje esse lixo estaria lá. Não desejamos, com isso ser irônicos, mas verdade seja dita: “Quanto desse mesmo comportamento não tem se repetido longe dos olhos das pessoas, e que fica por isso mesmo?” Que tiro no pé! Percebemos cada vez mais que a sociedade organizada vê esse tipo de comportamento e se manifesta.

Admitimos que existam bons profissionais dentro da CODEG, e que estes mesmos nomes se destacam por seu excelente e brilhante profissionalismo. Isso é inegável. Não podemos, no entanto, generalizar, ainda assim, diante do que o Portal27 e bem como outros meios de comunicação local (e não somente), sonorizaram na última semana.

Alguns tipos de funcionários que dão problema a empresa, devem ser mandados embora imediatamente. Tem muita gente boa debaixo do sol aguardando uma chance de ser útil na vida pública. É triste perceber que os maus são notados e os bons não são vistos. Com o tempo, a insatisfação com o trabalho ou a incompatibiliza se aflora, e alguns membros da equipe acabam virando um problema para a corporação.

Confira o vídeo editado pelo Portal 27 com os vídeos do cidadão e também os da prefeitura que limpou o terreno após a denúncia do cidadão.

Deve-se adotar a política de demitir sem mais delongas os membros da equipe que não querem seguir as regras da casa. Negligenciar o mau comportamento pode trazer sérios problemas para a companhia, que terá de responder por um acidente de carro causado por negligência de um funcionário enquanto ele está em serviço, por exemplo. Por isso é preciso impor disciplina e investigar a ocorrência de comportamentos de risco assim que eles acontecerem.

A sociedade apela aos bons profissionais da atual gestão da CODEG, onde a reserva moral ainda existe e tem guarida, a que ofertem uma resposta a altura do que foi presenciado vergonhosamente. Afinal de contas, abusos extremos requererem medidas extremas.

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