Nesta quarta-feira (22) é comemorado o Dia Mundial da Água, mas infelizmente não temos muito o que celebrar. De acordo com a Agência Estadual de Recursos Hídricos, em 2016 o Espírito Santo viveu a maior crise hídrica dos últimos 80 anos e essa situação não melhorou muito. Para tentar mudar essa realidade alunos da Escola Estadual Angélica Paixão desenvolveram o Projeto Água.

“Não há outra maneira de se produzir água que não seja plantando árvores”, discursou o engenheiro florestal.

O diretor Sérgio Luiz Gomes explicou como vai funcionar o projeto. “Vão ser instaladas calhas em volta da escola para coletar e reaproveitar a água das chuvas na limpeza dos corredores, molhar as plantas e na lavagem dos banheiros. Então essa água de alguma forma nós vamos aproveitá-la e assim diminuir o consumo e também tentar ajudar o problema dessa falta de água que tem no país e aqui no Espírito Santo. Em Guarapari nosso recurso hídrico é muito pequeno então a gente deve contribuir de alguma forma”.

A aluna Bianca Nascimento Ferreira Lopes, do 2º M4, faz parte do projeto e explicou que ele ainda está em fase de estudo e aguarda aprovação da Secretaria Estadual de Educação (Sedu) para ser desenvolvido. “Estamos nos organizando com a Sedu e de 15 em 15 dias vem algum representante na escola.  Temos conversado e elaborado o projeto. Ele está para ser aprovado e a gente espera que a Sedu aprove”.

Para os alunos, economizando água hoje, será possível ter água no futuro. 

A estudante Eduarda Mendonça Simões, do 2º M4, lembrou que o projeto é importante para todos. “Acho que as pessoas devem economizar o máximo que podem. Um exemplo é reutilizar a água da máquina depois de lavar a roupa e não lavar as calçadas todos os dias para economizar água. A nossa água está acabando então se a gente economizar agora vamos ter bem mais água e oportunidade de usar essa água em outros recursos tanto no meio ambiente como em nossas vidas”.

Além de desenvolver este projeto, os alunos da escola Angélica Paixão também assistiram a palestra Floresta e Água que foi promovida pela Sedu em 12 escolas da rede estadual de ensino. A palestra foi ministrada pelo engenheiro florestal Georges Mitrogiannis, que é membro da Associação de Engenheiros Florestais do Espírito Santo (Aefes) e também do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema).

“Acredito que os melhores multiplicadores de ideias e atitudes são os jovens e as crianças, então a gente está buscando fazer uma palestra de conscientização e também acadêmica porque como eles estão próximo aos vestibulares a gente está unindo a educação ambiental com a formação acadêmica desses futuros profissionais”, disse o engenheiro.

“Os melhores multiplicadores de ideias e atitudes são os jovens e as crianças”, enfatizou durante a palestra.

“Estamos na época de estiagem a praticamente quatro anos então nada mais importante do que o uso racional desse recurso porque um dia a gente imaginou que era infinito e hoje vemos que é finito”, reforçou.

Ele também falou sobre a importância do reflorestamento das nascentes dos rios. “A recuperação das nascentes fica a cargo da municipalidade e do Governo do Estado, mas a melhor maneira de ser feita é com o reflorestamento. Não tem outra maneira de você produzir água que não seja plantar árvores”, finalizou Georges Mitrogiannis.

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