Após denúncia do Portal 27 doméstica que estava há dois meses com punho quebrado esperando por cirurgia no Hospital dos Ferroviários foi operada.

Após o Portal 27 mostrar o drama da doméstica Eliane Rodrigues, de 56 anos, que ficou dois meses com o punho quebrado aguardando por uma cirurgia, o procedimento finalmente foi realizado.

Eliane foi operada no dia 06 de janeiro no Hospital dos Ferroviários, em Vila Velha, conforme a Secretaria de Estadual de Saúde (Sesa) afirmou na matéria. Mas antes de nos procurar para denunciar o caso ela teve a cirurgia adiada por duas vezes, uma delas quando já estava pronta para entrar na sala de cirurgia e em nenhum momento recebeu alguma explicação sobre o motivo do adiamento. Por isso, temia não ser operada novamente.

 Durante a operação foram colocados quatro pinos no punho da Eliane, que agora já está em casa se recuperando. “Fui bem atendida, cheguei às nove horas da manhã e saí da sala de cirurgia quase uma da tarde. O médico colocou os pinos e agora vou fazer a revisão na sexta, quando faz uma semana. Sinto dores porque é normal doer, mas em vista do que estava já está quase cem porcento bom”.

A preocupação que dona Eliane tinha de não poder mexer os dedos, que estavam parados, ela afirmou que já não existe mais. “O médico disse que é só fazer fisioterapia que melhora. Mas já estou conseguindo mexer um pouco os dedos, estou mais tranquila”.

Ela também relatou que com a realização da cirurgia já consegue dormir à noite inteira, o que antes não era possível devido as dores que sentia. “Estou conseguindo dormir, agora até os dedos não doem mais. Está bem inchado, mas o médico falou que é assim mesmo porque ficou muito tempo quebrado e vai demorar ainda para desinchar”.

Durante a cirurgia foram colocados quatro pinos no punho de Eliane e apesar do inchaço, ela já começa a recuperar o movimento dos dedos.

Agora ela aguarda ansiosamente o dia em que poderá voltar a trabalhar. “Só depois da revisão que vai ser feita na sexta-feira é que vou saber quando vou poder voltar a trabalhar. Mas a expectativa é de ficar boa logo. Estou doida para melhorar logo para trabalhar, estou enjoada de ficar em casa. Sempre trabalhei e sinto falta”.

Eliane também fez questão de agradecer as pessoas que se sensibilizaram com sua situação e a ajuda que recebeu do Portal 27. “Agradeço a todos que se preocuparam comigo. A matéria me ajudou muito porque do atendimento deles comigo. Tinha medo de adiarem a cirurgia novamente, mas quando cheguei lá fui a primeira pessoa a ser atendida e operada. Dessa vez eles marcaram e no mesmo dia fui operada”.

Apesar de estar feliz pela realização da cirurgia, Eliane relatou que não conseguiu retirar os medicamentos receitados pelo médico para sua recuperação nas unidades de saúde de Guarapari. “Fui na unidade de saúde do Centro e na de Muquiçaba tentar pegar os remédios Nimesulida, Cefalexina e Prodol, que é para dor. Mas não tinha, nem curativo eles estão fazendo no posto de saúde. Uma vizinha minha que é enfermeira, que se está sendo solidária e fazendo gratuitamente. Não tem um remédio lá, tive que comprar tudo do meu bolso. Acho que vou precisar novamente porque ainda vou ficar um bom tempo assim e se tiver que comprar de novo, esse dinheiro faz falta”, desabafou.

A prefeitura informou que o medicamento Nimesulida, um anti-inflamatório, é um remédio de marca e o poder público não pode adquirir marcas, por vedação expressa na lei 8666/93. O tratamento por anti-inflamatórios é atualmente feito pela rede pública através do Ibuprofeno, que pode ser encontrado por um custo mínimo nas Farmácias Populares. Assim como, o medicamento Cefalexina. Já sobre o Profol, foi informado de que existem outros polivitamínicos que podem ser utilizados como alternativa terapêutica pelo SUS e que é necessário que ela passe por uma consulta com um clínico geral da unidade de saúde do Ipiranga para que ele prescreva um medicamento que seja fornecido pelo SUS.

Em relação a realização dos curativos, explicou que ela deve ser assistida na Estratégia de Saúde da Família do Ipiranga, pela Unidade de Saúde “Dr. Roberto Calmon”, onde há profissionais de enfermagem devidamente capacitados para a prestação do serviço.

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