O projeto do carro autônomo da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) deve concluir mais uma importante etapa do estudo dentro dos próximos meses. Após ter dado uma volta completa no campus de Goiabeiras, percorrendo os 3,8 Km do anel viário que circunda o campus sem nenhuma interferência humana, o próximo desafio do carro é ir de Vitória até Meaípe, em Guarapari. Segundo o coordenador do projeto, ainda não há uma data definida para realizar o trajeto.

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O carro sem motorista visita Guarapari pela segunda vez, e os envolvidos no projeto pretendem comer a famosa muqueca em Meaípe.

O projeto do carro autônomo é desenvolvido pelo Laboratório de Computação de Alto Desempenho (LCAD). Segundo o coordenador, o professor Alberto Ferreira, várias tentativas de percorrer a Ufes já haviam sido feitas, mas em todas elas foi necessária alguma intervenção humana. “Na Ufes, tem trechos que não são uniformes, o meio-fio não é claramente sinalizado e tem quebra-molas e cancelas. Desta vez, o carro conseguiu, por conta própria, compreender todas essas dificuldades e navegar de forma consistente e com segurança”, explicou o professor. Esse foi o maior trajeto já percorrido pelo carro.

De acordo com ele, o próximo passo é fazer o carro trafegar sozinho por distâncias maiores. “Nesta segunda etapa está prevista a ida a Guarapari. Em Meaípe tem uma moqueca deliciosa, então a gente pretende comemorar comendo moqueca”, brincou.

Mas, segundo ele, as principais dificuldades são os obstáculos legais. “Primeiro o carro precisa alcançar 60 km/h e reconhecer outras entidades móveis e autônomas, como carros e pessoas. Também precisam os registrar e regularizar o carro junto ao Detran. A principal dificuldade no momento é emplacar o carro, porque ele é importado para pesquisa, então vamos colocar no nome de quem?”, explicou Alberto.

Mesmo assim, o professor  está otimista com a ideia.” Temos até o ano que vem para finalizar essa parte do projeto, mas acreditamos que até setembro a gente consiga fazer isso”, disse.

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O professor contou, ainda, que após o incidente com a apresentadora Ana Maria Braga, que foi atingida pelo veículo durante um programa ao vivo, foi organizada uma comissão de segurança. “Em abril de 2013 foi instituída uma comissão que estabeleceu normas rígidas de segurança para a utilização do carro como, por exemplo, a presença de um motorista de segurança em qualquer situação de utilização do veículo”.

Etapas. A primeira etapa do projeto teve início em dezembro de 2009 e contou com um financiamento de R$ 800 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes). A segunda fase conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 200 mil, e vai até dezembro de 2015.

Fonte: G1.com

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