No dia 15 de outubro de 1827, Pedro I, Imperador do Brasil, baixou um decreto Imperial criando o Ensino Elementar no país, por isso, hoje comemoramos o dia do professor. E em uma data tão especial, o Portal 27 entrevistou três professoras da Cidade Saúde que estão há mais de 20 anos na educação.

Tânia Márcia Simões Carnetti, Vanilda Loureiro e Cláudia Rodrigues, mulheres fortes, determinadas e que mesmo com as dificuldades da profissão, sentem-se realizadas na carreira que escolheram.

Tânia Márcia é professora da rede Estadual desde 1995 e faz um breve apanhado de seu percurso profissional: “já tive experiência como educadora, superintendente de Educação do Estado, gestora de escola pública e privada, fui subsecretária de Educação e Secretária Municipal de Educação. Já atuei em sala de aula, coordenação disciplinar e coordenação pedagógica”.

Quando questionada sobre o que é para ela ser professora atualmente, a gestora fala da profissão como um ato de doação, “uma missão a ser desenvolvida de forma bem diversificada, considerando as diferentes habilidades e competências dos educandos. Respeitando as diferenças. Considero os professores grandes e valiosos super-heróis”, afirma.

Vanilda Loureiro, que está há 20 anos na educação, afirma que em seu percurso profissional trabalhou em algumas empresas, mas se descobriu na educação. A gestora fala da importância do contato direto com os alunos que, segundo ela, “te faz ser uma pessoa melhor, a partir do momento que você se torna de alguma forma importante na vida de alguém. Da mesma forma que tentamos ensinar, aprendemos, e sinto que de alguma forma pude fazer diferença na vida de muitos alunos e até mesmo de algumas famílias”. De acordo com Vanilda, muitos alunos buscam nos professores uma palavra de afeto, incentivo e otimismo. Sente-se feliz e realizada na profissão, mesmo sabendo das dificuldades.

Além de estar há quase um ano na direção, Vanilda atuou também quatro anos na coordenação escolar e nunca se afastou da sala de aula “é nela que não só passo meus conteúdos de física e matemática de uma forma descontraída (que já não são fáceis), mas um pouco da minha experiência de vida. Hoje na direção, estou vivendo uma nova etapa de vida, mas faço questão de não me esquecer de que sou professora e sempre tento me colocar no lugar do outro”.

Na coordenação, afirma a gestora, ela aprendeu a falar menos e ouvir mais, tomar decisões e cresceu como profissional. “Você passa a ver o aluno e o colega de trabalho com outros olhos. Olhos estes que de dentro da sala de aula não se percebe tão bem”, afirma. Sobre o dia dos professores, Vanilda considera que “O dia de hoje me faz refletir que somos ainda importantes na vida de alguém e que ainda podemos fazer a diferença em sala de aula”.

Para Cláudia Rodrigues, o magistério aconteceu por acaso em sua vida. A professora de Língua Portuguesa conta que foi estudar em um colégio de Freiras e lá, pela proximidade da escola, existia apenas o “Normal”. “Sem opção, resolvi cursar e nunca mais parar. Apaixonei-me pelo currículo, pelas aulas, pela profissão”, afirma.

Cláudia considera que ser professora é “ter a consciência da grandeza dessa profissão. Saber que as sementes plantadas, florescerão, em algum momento da vida a fim de mostrar que todo esforço, dedicação, empenho não foram em vão. Como nos diz Fernando Pessoa “Tudo vale a pena se a alma não é pequena””.

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