A Câmara Municipal de Guarapari aprovou ontem (28), por unanimidade, o fim do voto secreto nas votações da casa. Os votos foram dos doze parlamentares que estavam presentes no fim da sessão, mais o presidente da casa.

Vereadores de Guarapari votaram a favor do fim do voto secreto. Foto: João Thomazelli/Portal 27
Vereadores de Guarapari votaram a favor do fim do voto secreto. Foto: João Thomazelli/Portal 27

O Projeto de Emenda à Lei Orgânica Municipal (LOM) estava previsto para ser colocado em primeira discussão pelos parlamentares, mas a pedido do vereador Sérgio Ramos Machado (PMDB), o projeto foi colocado para votação sem a necessidade dos protocolos normalmente usados.

Em suas falas, os vereadores exaltaram o momento histórico da sessão e parabenizaram o vereador Thiago Paterlini Monjardim (PMDB), que há três anos vem tentando aprovar a Lei.

“É um momento histórico para esta Casa e para a população. Em 2013, fiz o protocolo deste projeto, mas ele sempre ficava para ser votado depois, mas depois que todos os vereadores assinaram comigo o projeto, estamos conseguindo dar este passo para frente com relação à transparência desta Casa de Leis” disse o vereador Thiago Paterlini.

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Thiago Paterlini vinha tentando aprovar a Lei há três anos.

O vereador Jorge Figueiredo (Pros) afirma que agora alguns vereadores deverão de fato se posicionar nas votações de projetos polêmicos. “O vereador não vai mais poder se esconder atrás do voto secreto. Todos terão que votar abertamente e isso vai fazer com que muitos tomem posições transparentes sobre os projetos apresentados aqui”.

Manoel Couto (PT) disse que: “É uma pena que quatro parlamentares não estejam presentes neste momento tão importante para a cidade e mesmo que a votação não estivesse programada para hoje, é obrigação do vereador ficar até o final da sessão”, concluiu Manoel.

Depois das considerações, cada vereador foi até a tribuna proferir o voto. Todos eles foram a favor do fim do voto secreto. Apenas os vereadores Paulina Aleixo Pinna (PP), Rogério Capistrano Marques (Aratu) (PV), Lincoln Bruno (DEM) e Germano Borges (PSB) não estavam presentes na votação.

O último passo para que o voto secreto seja apenas lembrança na Câmara Municipal de Guarapari é a alteração do Regimento Interno da Câmara. O vereador Thiago Paterlini já adiantou que vai pedir que a votação seja realizada na próxima terça-feira (03), quando os vereadores se reúnem para sessão extraordinária.

Moção de repúdio à Administração Municipal

A polêmica também fez parte da sessão de ontem na Câmara Municipal de Guarapari. Ronaldo Gomes (Tainha) (PSB), propôs uma Moção de Repúdio ao prefeito Orly Gomes.

Foi protocolado na última terça-feira um documento pedindo satisfações sobre o transporte de vans em Guarapari
Tainha quis demonstrar sua insatisfação com a atual administração do município.

No texto, Ronaldo demonstra insatisfação com a forma como a administração municipal vem “administrando o erário público de maneira irresponsável e incompetente”. A moção gerou controvérsias entre os parlamentares e o vereador propôs que a votação fosse nominal.

Dos 17 vereadores, cinco votaram a favor da moção, que foi rejeitada por dez votos contra. Os vereadores que votaram a favor foram: Fernanda Mazzelli (PSD), Manoel Couto (PT), Oziel Souza (PSC), Sérgio Machado (PMDB), além do próprio Tainha.

“Com esta moção, eu quis demonstrar minha insatisfação com a atual administração e não atacar o caráter do Orly Gomes, como pessoa. Desde a votação do aumento dos funcionários há alguns anos que venho demonstrando que não concordo com as atitudes da prefeitura e hoje quis deixar isto claro”, disse o vereador Ronaldo Tainha.