A tradicional Copa Pepê de Jiu Jitsu ja está em sua oitava edição e esse ano serão 7 mil reais em prêmios para todos os competidores, além de muitos brindes para a platéia. O evento que já tem sua marca em Guarapari, tem trazido destaque no esporte capixaba. Hoje (30) e amanhã (31), circularão pelo ginásio do Polivalente em Muquiçaba, cerca de 800 atletas participam do festival. Crianças a partir dos 5 anos idade e adultos de até 40 anos estão participando.
“Essa é uma copa aberta, campeonato regional que está reunindo esportistas de diversos estados. Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, São Paulo e outras. Ano passado tivemos a oportunidade de ter a participação de um americano que reside em Vitória. É uma oportunidade de conhecer a cidade que essas pessoas têm. Um município bonito que nós temos, e mostrando o Jiu-Jitsu local. Disse Tiago de Oliveira, organizador do evento.
Sobre a valorização do esporte no município, Tiago diz que a cidade deixa a desejar como também o estado. “Guarapari peca muito na falta de valorização do esporte. A nossa parceria para poder organizar esse evento, vem de empresas que se solidarizam com a divulgação da prática esportiva. Bolsas de estudos os atletas de Guarapari precisam ir buscar apoio de incentivo ao esporte em Vitória, que também nem tem tantas ofertas.
Uma das equipes que mais se destaquem dentro do estado dessa modalidade é a Strike. Liderada pelo próprio organizador. O grupo possuí filiais em toda a região Sul do Espírito Santo. São 9 estruturas que atendem essa localidade. “Os integrantes da Strike estão bem preparados. Somos uma das maiores equipes do estado e em grandes competições, sempre saem medalhas para os nossos participantes. Hoje, em casa, não podemos perder. Explica o treinador.
Com o avanço da modalidade na Cidade Saúde, a oferta aumentou junto com a procura. Os veteranos alertam que estão voltando para a competição e pretendem ganhar com força. Roni Oliveira, 34 anos, sabe que além de toda a rivalidade, existe a diversão entre os competidores. Ele incentiva o seu filho de 15 anos a viver na linha esportiva. “Meu filho ainda não está seguro para competir. Uma das coisas que me motivou a mostrar pra ele que, mesmo eu, sem preparação física, eu vou prestigiar o nosso campeonato “brincando” no tatame. Não é somente os estudos, temos que incentivar a eles praticarem uma atividade física.
Rafael Martins, 21 anos, é um grande exemplo de que as dificuldades não podem tirar a vontade de praticar o esporte. O Jiu-Jitsu virou para ele uma fisioterapia. O jovem tem paralisia cerebral e mesmo assim, está no ramo em busca de provar a sua eficiência na atividade. “Eu estou aqui hoje, como qualquer outra pessoa poderia estar. Eu acho a palavra deficiente errada, a palavra certa seria eficiente. Deficiente é aquela pessoa que acha que não pode fazer, mas na verdade ele pode. O Jiu-Jitsu me proporciona uma felicidade muito grande. O condicionamento físico é bem maior, me sinto muito melhor. Disse animado, Rafael.
O resultado final, sai amanhã.