Um elefante marinho batizado de “zoiudo” viaja hoje (08) de Guarapari para Salvador na Bahia, onde irá continuar sua reabilitação no Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA). O mamífero está há dez dias em Guarapari, no clube Siribeira, sob os cuidados do Instituto Orca.
O animal que pesa 60 quilos e mede 1metro e 56centímetros, foi resgatado na Praia dos Padres em Aracruz Litoral norte do Estado na semana passada, com muitos machucados pelo corpo e bastante debilitado, pra tratamento em Guarapari.
De acordo com o presidente do Instituto Orca, Lupércio Barbosa, como o local não é apropriado para o elefante marinho, ele irá continuar sua reabilitação em Salvador.
“Aqui no Espírito Santo, embora recebamos muitos animais marinhos não temos locais adequados para total reabilitação”, disse Lupércio.A viagem será feita de avião, e o elefante marinho será conduzido em uma caixa específica para o transporte de cargas vivas, informou Luciano Reis, diretor do IMA.
“O transporte é bem esquematizado, pois as instituições prezam muito pelo bem estar do animal. Tem que ver o menor tempo de troca de aeronave, menor tempo de transporte aéreo para que tudo ocorra bem”, disse Luciano. Segundo ele, o elefante marinho deve levar até noventa dias para se recuperar totalmente.
A veterinária Natassia Bacco, que trabalha no IMA, chegou a Guarapari na última terça-feira, para acompanhar o tratamento do elefante marinho. Segundo ela, os médicos veterinários já fizeram todos os exames e terapias no animal para restabelecer o quadro dele.“Vimos que ele só estava desidratado. Ele ainda precisa de cuidados e de alimentação”, disse Natássia.
O elefante marinho durante sua recuperação comeu em média 2 quilos de peixes por dia, mas a veterinária e pode comer até dez quilos de peixe quando está saudável. O que chama atenção na história desse elefante marinho é que apesar do esforço dos técnicos das instituições envolvidas para recuperar o animal, ele pode não voltar ao seu habitat natural.
Por causa da determinação do Comitê Científico Antártico, que tem uma resolução que não permite que animais antárticos e sub-antarticos sejam devolvidos para a natureza. “Se ele recebesse alta veterinária, agente queria muito soltar o animal”, disse Luciano.