Meta, a empresa de Mark Zuckerberg que também controla o WhatsApp, anunciou oficialmente a introdução de anúncios na aba “Atualizações” — que engloba “Status” e novos “Canais” — a partir do dia 16 de junho de 2025 em alguns países e em breve em todo o Planeta. Trata-se da primeira vez que a plataforma, com mais de 3 bilhões de usuários globalmente, opta por monetização direta com publicidade.
A mudança estratégica visa responder à demanda de anunciantes que já utilizam o WhatsApp para comunicação com clientes, além de criar uma nova fonte de receita essencial para financiar os robustos investimentos em inteligência artificial da Meta, estimados em US$ 72 bilhões.
Os anúncios serão exibidos de forma semelhante às “Stories” do Instagram, intercalados nos “Status” dos usuários da seção “Atualizações”. Os chats privados permanecerão totalmente livres de anúncios e continuarão protegidos pela criptografia de ponta a ponta.

A Meta também está lançando três ferramentas-chave para administradores e empresas:
Anúncios nos Status – compatíveis com início de conversas entre usuários e empresas diretamente via WhatsApp;
Canais Promovidos – administradores poderão pagar para aumentar visibilidade de seus canais;
Assinaturas de conteúdo – usuários poderão se inscrever em canais exclusivos mediante cobrança direta, sem taxa inicial, embora a empresa estude uma comissão de até 10% no futuro.
Para direcionamento dos anúncios, serão utilizados apenas dados limitados — como localização, idioma, canais seguidos e comportamento de interação — e apenas para usuários que optarem por vincular o WhatsApp ao Centro de Contas da Meta. A empresa reforça que não acessará mensagens, chamadas ou contatos dos usuários, nem compartilhará números de telefone com anunciantes.
Enquanto investidores reagiram positivamente à nova fonte de receita, organizações de defesa da privacidade expressaram preocupações, afirmando que a iniciativa pode minar a reputação de privacidade que o WhatsApp construiu ao longo dos anos.
Essa mudança representa um marco simbólico: o WhatsApp, uma das últimas grandes plataformas da Meta sem anúncios diretos (mas que também é considerada uma rede social), passa a integrar a estratégia global da companhia de monetização por publicidade, aproximando-se dos modelos do Facebook e Instagram.
Para quem utiliza o “Status” ou segue canais, essa novidade pode alterar a experiência digital — abrindo espaço para comunicação comercial mais direta. Por enquanto, a Meta promete manter o respeito à privacidade dos usuários e adotar um modelo gradual de implementação, buscando o equilíbrio entre monetização e proteção de dados.