Foi preso em Ilhéus, na Bahia, o professor de escolinha de futebol acusado de abuso infantil em Guarapari. O homem, cujo nome não foi divulgado devido à investigação em curso, estava foragido desde o início do mês.

DPCAI. Em entrevista à TV Guarapari, o delegado responsável pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança, ao Adolescente e ao Idoso (DPCAI), Vitor Alano, deu detalhes sobre o caso. “No dia 8, recebemos uma mãe relatando que o filho havia sido abusado pelo professor de futebol. Ela registrou a ocorrência e logo nós a ouvimos”, contou o delegado.

Segundo ele, a mãe teria desconfiado que algo estava errado quando o filho passou a não querer ir aos treinos e pediu para sair da escolinha de futebol. “Com isso ela foi conversando, até que ele contou que havia sido abusado sexualmente”, completou.

Delegado responsável pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança, ao Adolescente e ao Idoso (DPCAI), Vitor Alano

Prisão preventiva. Após ouvir o depoimento de outras mães que também denunciaram o professor por abuso, a polícia solicitou a prisão preventiva do acusado, que já havia fugido. Na manhã da última terça-feira (22), o suspeito se entregou em uma delegacia de Ilhéus, onde foi preso e aguarda transferência para Guarapari.

“Agora vamos para a Bahia buscá-lo. Aqui, vamos ouvi-lo, mas independente do que ele disser, já temos indícios suficientes de que ele cometeu os crimes”, explicou o delegado.

Se condenado, a pena do acusado poderá chegar a mais de 15 anos de prisão. “A princípio, ele responderá por estupro de vulnerável, com relação à um adolescente. E em relação a outros dois adolescentes, por importunação sexual”, detalhou Alano.

Escolinhas de futebol. O delegado revela que o professor já deu aulas em diversas escolinhas de futebol no município, e alerta que novas denúncias ainda podem surgir.
“Pedimos aos pais e responsáveis que, se ficarem sabendo de algum abuso que os filhos possam ter sido vítimas, procurem à DPCAI para que possamos ouvi-los e ampliar o inquérito policial para auxiliar a decisão da Justiça”, orientou o delegado.

“É importante que os pais e responsáveis estejam atentos a qualquer mudança de comportamento da criança e do adolescente pois elas podem indicar um abuso. Parar de falar, de comer, não querer ir à escola, são todos comportamentos que podem indicar algum crime”, alertou.

*Por Maria Leandra Aroeira