No último domingo (30) os moradores do Bairro Una, na Região Norte de Guarapari, se depararam com uma situação no mínimo triste. Centenas de peixes morreram e uma mancha verde pairava na desembocadura do rio Una.

Ainda não se sabe se a mortandade de peixes está relacionada com a mancha, que nunca tinha sido vista pelos pescadores do bairro, mas um detalhe chamou a atenção. As garatéias – espécies de âncoras usadas nos barcos – ficaram brilhando, como novas.

“Tinha muito peixe morto aqui. Só de caramuru, eu contei pelo menos uns 20, de todos os tamanhos. A ferrugem da garatéia do meu barco saiu completamente. Parecia até cromada. Com certeza foi esta mancha que matou os peixes”, explicou o presidente da Associação de Pescadores do Uma, Roberto Carlos Agrela, 51 anos.

rio una peixes mortos
Moradores fotografaram alguns peixes mortos no local. Foto: Internet

Agrela disse ainda que centenas de filhotes de peixes eram vistos boiando no rio, próximos ao local onde o rio se encontra com o mar. “Tinha filhote de robalo, de caramuru e um monte de outros peixinhos. Se juntasse tudo dava pelo menos cem quilos de peixe morto”, disse. Foi ele quem ligou para o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) na segunda-feira.

Rio una fiscais 1
Fiscais do Iema foram até o local, mas não verificaram problemas. Foto: Internet

Os técnicos do Iema foram ao local, mas por causa do movimento das marés, nada de anormal foi verificado no rio. Segue a resposta do Iema na íntegra.

“A equipe de Fiscalização do Iema recebeu a denúncia sobre a mortandade de peixes no Rio Una na segunda-feira (01) e no mesmo dia esteve no local para uma vistoria. Contudo, ao percorrer o rio, a mortandade de peixes não era mais presente no corpo hídrico e também não foram constatados indícios de poluição que pudessem estar relacionados a esse fato. O órgão conta com o apoio da população para que a mesma continue realizando denúncias pelo telefone 3636-2599. É importante que as denúncias sejam realizadas o mais rápido possível de forma a contribuir com a eficácia das vistorias”, respondeu o Iema.

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