Uma criança, de apenas 2 anos, fraturou a clavícula direita no domingo (14). No entanto ela teve o lado esquerdo imobilizado. A dona de casa, Keylana Rodrigues Bernardo, mãe da menina, conta que depois de sofrer uma queda enquanto brincava na cama, os pais levaram a para o HFA, em Guarapari, onde foi constatado que a menina havia sofrido uma lesão.

“Ela caiu. Demos um banho nela para ver se passava o choro, mas sempre que pegávamos ela começa a chorar. Fomos até o HFA, na Praia do Morro, onde o médico fez o exame de Raio-X que constatou a fratura, e ela foi medicada. Ele a encaminhou para um Hospital de Vila Velha para fazer o procedimento de imobilização da clavícula, foi aí que meu pesadelo começou”, relata a mãe.

Ao lado esquerdo, a menina está com o lado esquerdo da clavícula imobilizado, já a direita da imagem, a criança está o procedimento feito no lado correto, onde houve a fratura. foto: arquivo pessoal.

Keylana e a filha foram encaminhadas de ambulância para o Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (HIMABA), levando os exames que já haviam sido feitos. “Chegamos no consultório do médico, ele nem examinou a minha filha, pegou o exame deu uma olhada rápida e disse que ela seria imobilizada. Rasgou um pedaço de papel, como quando alguém anota uma coisa sem importância, e deu na minha mão para que eu aguardasse a vez da minha filha. O rapaz que a imobilizou foi até bastante atencioso, e logo voltamos para casa”, disse.

Já em casa a família percebeu que havia algo errado. “Um pouco depois que chegamos em casa, passou o efeito do remédio e ela voltou a chorar muito. O pai pegou os exames para tentar enxergar algo a mais, e notou que nele constava fratura no lado direito. Quando percebemos que eles haviam imobilizado o lado errado, não conseguimos acreditar”, conta Keylana.

A família voltou então ao HFA para confirmar o erro. “Na hora que chegamos, o médico, que foi o mesmo que tinha a atendido mais cedo, percebeu o erro. Quando ele me disse que eu teria que voltar para aquele hospital em Vila Velha para consertar eu me desesperei. Para mim aquilo é um açougue. Queria até pagar um local particular para ela em Guarapari, mas não teve jeito, tive que voltar para o HIMABA”, comenta.

Keylana conta que chegando no local, tentou por várias formas denunciar a postura dos profissionais aos órgãos competentes, mas não conseguiu por se tratar de um domingo.

A mãe reclama que no hospital, ela foi tratada como a culpada, por não ter percebido o erro. “A todo momento eles queriam tirar a culpa do hospital, do médico. Uma enfermeira chefe tentou me culpar dizendo que eu que não notei. Como ia notar? Eu estava desesperada, com uma filha gritando de dor, eu só queria que aquilo acabasse para que ele não sentisse mais nada”, relata.

Keylana e a filha foram encaminhadas de ambulância para o Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (HIMABA),

E conclui. “É um absurdo o que aconteceu. Podíamos ter agravado a fratura, porque estava pegando ela pelo braço que não estava imobilizado, justamente o que estava quebrado. Para mim, o culpado foi o médico, que foi negligente com o atendimento da minha filha”, afirma. A família estuda entrar com uma ação judicial contra o profissional responsável pelo erro.

O Portal 27 procurou a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) para saber se ela tem ciência do caso e se o médico que atendeu a criança vai sofrer alguma penalidade, se for comprava a negligência e recebeu a seguinte resposta: “A direção do Hospital Estadual Infantil e Maternidade de Vila Velha lamenta o ocorrido e informa que o caso está sendo apurado.

A Secretaria de Estado da Saúde informa que qualquer denúncia contra profissional pode ser feita junto ao Conselho de Classe ou junto à Ouvidoria SUS: pelo telefone (27) 3347-5732, pelo e-mail:[email protected] ou de forma presencial na Sesa: Rua Eng. Guilherme José Monjardim Varejão, nº 225, Ed. Enseada Plaza – Enseada do Suá, Vitória-ES, CEP: 29050-360″.

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