Apesar da possibilidade não ter sido descartada, ainda não há registro de óleo no litoral do Espírito Santo. As manchas que atingiram as praias do Nordeste brasileiro têm preocupado os capixabas, pois, foi divulgado que o óleo tóxico estaria cada vez mais próximo das praias do Norte do Espírito Santo. No entanto, o IBAMA e IEMA ainda não confirmam a informação.

Ações de retirada do óleo no litoral nordeste. Foto divulgação site www.gov.br/manchanolitoral

Por nota, o Instituto Estadual do Meio Ambiente  (IEMA), informou que considerando o Plano de Ação do Estado do Espírito Santo e considerando a chegada de vestígios do óleo às praias de Caravelas/BA, que era o ponto de alerta, no último sábado (02), o Comitê de Preparação da Crise do Espírito Santo iniciou o processo de mobilização das equipes para limpeza das praias e para as ações de contenção preservando os estuários e os manguezais.

“As equipes foram treinadas e estão prontas para atuarem no litoral norte, aguardando a chegada do óleo”, diz a nota.

O comando do 38º Batalhão de Infantaria também está aguardando uma solicitação formal da Defesa Civil para atuar na região, caso seja necessário. E o Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo já disponibilizou 120 militares para atuação.

O Comitê informa ainda que técnicos do Iema e do Ibama vão monitorar, de forma permanente, as praias do norte nos próximos dias. “As praias de Riacho Doce, Itaúnas e Conceição da Barra são as primeiras que estão sendo monitoradas”.

Os equipamentos de proteção individual (EPI´s) e materiais para recolhimento dos resíduos, que serão doados pela iniciativa privada, serão encaminhados para os locais onde possivelmente terão os primeiros impactos. E que os barris e recipientes para contenção dos resíduos coletados também estão sendo destinados para as áreas de combate ao óleo.

Todas essas iniciativas de preparação e articulação estão previstas no Plano de Ação, na primeira fase Prévia ou de Atenção, que são ações voltadas à previsão, monitoramento, comunicação e suporte logístico da etapa posterior, que é a Operacional (quando o óleo de fato entrar em território capixaba).

“Esclarecemos que quando o óleo atingir as praias capixabas o comando de todas as operações passa a ser de competência da Marinha e do Ibama”, finalizou a nota.

Entenda o caso

A origem desse acidente ambiental que atingiu o litoral nordeste com óleo tóxico ainda é desconhecida. Investigações sigilosas sobre as possíveis causas estão sendo conduzidas pela Marinha, enquanto a investigação criminal é objeto da Polícia Federal.

Análises preliminares da Petrobras indicam que foram encontradas amostras com a mesma “assinatura” do óleo da Venezuela. Quanto ao local onde surgiu o derramamento, é provável que seja em uma área entre 600 km e 700 km da costa brasileira. As informações são do site criado pelo Governo Federal para detalhar todo o andamento sobre a mancha no litoral

O que foi feito até agora

Durante quase dois meses, 1.027 toneladas de resíduos foram coletadas em uma faixa de 2.5 mil quilômetros da costa brasileira. Além disso, 48 organizações militares, 10 navios, 7 aviões e 6 helicópteros atuam diariamente no monitoramento, limpeza e análises das manchas nas praias do litoral nordestino.

Aeronaves da FAB já realizaram mais de 60 horas de voo, e o governo também acionou o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional (PNC). Para os voluntários que atuam na limpeza das praias, o Ministério do Desenvolvimento Regional disponibilizará Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Nesse período, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) também anunciou a liberação de R$ 2,58 milhões para o estado de Sergipe.

Toda a avaliação de impacto ambiental, a orientação sobre o descarte de resíduos e a definição sobre prazos de limpeza estão sob responsabilidade do Ibama. O GAA – Grupo de Acompanhamento e Avaliação, composto pelo Ibama, Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Marinha, vem realizando ações para a retirada do óleo encontrado nas praias. As investigações estão sendo conduzidas pela Marinha e Polícia Federal.

Prefeitura de Guarapari vai formar equipe para monitorar praias

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura (Semag) informa que está formando uma equipe para monitorar as praias do município, além disso está participando de uma mobilização a nível de Estado, juntamente com outros município de área costeira.

Nesta terça-feira (05), irá participar de reunião com o Secretário de Estado do Meio Ambiente, Fabrício Machado, juntamente com os outros municípios costeiros do espírito Santo.