Desde sua eleição, o presidente Jair Messias Bolsonaro tem dividido opiniões entre os brasileiros. Em recente pesquisa pelo Instituto Datafolha, a reprovação do governo do atual presidente subiu de 33% para 38%. Foram ouvidas ao todo 2878 pessoas com mais de 16 anos de 175 municípios do país.

Pesquisa Datafolha. Fonte: folha UOL

De maneira inversamente proporcional caminhou a aprovação de Bolsonaro, tendo caído de 33% para 29%, respeitadas as margens de erro de dois pontos percentuais. Os eleitores que avaliam o governo como regular representam atualmente uma fatia aproximada de 30%.

De acordo com informações do Folha UOL essa queda de prestígio se dá em função de algumas ocorrências no governo. Nos últimos dois meses foi aprovada a reforma da previdência pela Câmara. Acrescido a isso, o presidente eleito sugeriu que o pai do presidente da OAB foi morto por colegas da luta armada na ditadura. Bolsonaro indicou ainda o filho Eduardo para a embaixada brasileira, além de se referir aos governadores do Nordeste como “paraíbas”.

Vista por alguns como afronta ao povo nordestino, a postura de Bolsonaro parece ter feito com que seu prestígio nessa região do país caísse ainda mais, de acordo com a pesquisa. Além disso, Bolsonaro batei de frente com o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, sobre mudanças na Polícia Federal. Nos últimos dois meses aumentaram também as discussões e questionamentos quanto às queimadas da Amazônia.

Bolsonaro tem dividido opiniões e vem sendo alvo de polêmicas

A crise internacional sobre as queimadas na Amazônia culminou na demissão do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais em função da discordância de Bolsonaro com os números divulgados. Uma discussão com o presidente francês Emmanuel Macron também gerou polêmica entre brasileiros.

O atual presidente perdeu aprovação não somente entre a população mais pobre, mas também com a população que possui renda mensal acima de 10 salários mínimos, tendo despencado de 52% para 37%. Entre os mais pobres, entretanto, encontra-se a pior avaliação do governo.

De acordo com a Folha UOL, os que mais rejeitam o governo, considerando ruim ou péssimo, são as mulheres, as pessoas com renda superior a 10 salários mínimos, desempregados, presos, moradores do nordeste e ateus. Entre os que mais aprovam estão homens, brancos, moradores do Sul e do Centro Oeste, Pessoas com renda entre 5 e 10 salários mínimos, evangélicos neopentecostais e empresários.

Quem votou em Bolsonaro no segundo turno está mais satisfeito com o governo: 57% acham ótimo ou bom. Na contramão, quem apoiou Haddad (PT) reprova o governo Bolsonaro em 69%.

Além dos índices apresentados, o Instituto Datafolha também apresentou assuntos para avaliar as áreas nas quais o governo está melhor e pior. Sobre os índices positivos, 17% das pessoas consideram a relação com presidentes estrangeiros e com a população brasileira como destaque. 15% acha que o relacionamento com os ministros, 12% aposta na relação com a imprensa e 10% com o Congresso. 9% das pessoas acham que Bolsonaro se sai melhor nas declarações sobre o governo.

Na avaliação negativa, 33% das pessoas considera ruim a relação com a população, 22% com a imprensa e 13% com presidentes de outros países. Esses dados são seguidos pelas declarações sobre o governo (9%), relação com o Congresso (6%) e relação com ministros (4%).