No Espírito Santo, 27,7% dos jovens entre 18 e 24 anos estão desempregados. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no 2º trimestre deste ano. A porcentagem de jovens capixabas desta faixa etária desempregados é maior que o dado nacional, de 26%.

Diretora de educação do SENAI-ES, Priscila Carneiro

E neste contexto, o tão falado mercado de trabalho se torna um desafio para os jovens quando o assunto é preparo. Para a diretora de educação do SENAI-ES, Priscila Carneiro, quanto melhor é a qualificação, melhor vão ser as possibilidades de empregabilidade. “Eu acho que tem também a questão da retenção no emprego. Isso gera um efeito assustador, porque a gente começa a entrar no campo dos por quês. Por que estou me qualificando se, na verdade, não estou tendo possibilidade de trabalho?”, opina.

Segundo dados do perfil da indústria no Espírito Santo, levantados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 2016, mais de 60% dos trabalhadores do setor possuem o Ensino Médio completo.

Para os jovens aumentarem essas estatísticas, a diretora Priscila alerta que o jovem capixaba não pode esperar ‘o momento certo’ de fazer o curso para se qualificar. “Ele precisa estar preparado quando a oportunidade chegar, [para] ser absorvido”, completa.

Outro grande desafio na formação profissional dos brasileiros diz respeito à baixa taxa de conclusão da Educação Básica. Dados da PNAD de 2017 evidenciam que mais de 58% dos jovens concluíram essa etapa de ensino até os 19 anos. E mais: apenas 11,1% dos alunos do Ensino Médio cursaram a educação profissional ano passado.

Escola bem gerida

Para o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, duas agendas são “fundamentais” para mudar tal realidade. A primeira delas é melhorar a qualidade da educação. Segundo o gestor, isso se daria na maior eficácia da aplicação dos recursos para as escolas e na valorização da carreira do professor. “O professor é o fator fundamental de sucesso do sistema educacional e essa é uma agenda inescapável. Nós temos que ter uma enorme preocupação com isso”, explica. Ele ainda cita que “a escola tem que estabelecer uma relação que potencialize o jovem a realizar seu projeto de vida”, completa.

Por Pedro Marra – Agência do Rádio Mais

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