A prefeitura de Guarapari realizou uma Coletiva de imprensa na tarde de ontem (8), onde o Secretário Municipal de Postura e Trânsito de Guarapari, Luiz Carlos Cardozo Filho, falou sobre a suposta “indústria da multa” que existiria em Guarapari. “Nós pedimos para poder prestar alguns esclarecimentos para vocês, exatamente para porque está um pouco confuso essa situação toda”, disse Luiz Carlos. A coletiva foi realizada para alguns veículos de imprensa da cidade, sem a participação ou convite ao  portal 27.

Fiscalização normal. Segundo Luiz Carlos, o município tem seus agentes de trânsito e que. “é uma fiscalização normal, rotineira, que infelizmente devido ao descumprimento de diversas medidas de legislação de trânsito, que todo condutor deveria saber, principalmente sobre o básico, está sendo fiscalizado”, disse.

Sem cinto. Ainda de acordo com o secretário, uma das culpas de tantas multas é dos carros mais antigos que não tem o dispositivo de apitar quando o condutor está sem cinto. “poucos usam cinto”, disse ele, citando ainda os que falam ao telefone, motos com viseira aberta e chinelos. “Isso é muito comum e acaba que a gente está como vilão da história”, disse ele, afirmando que a prefeitura está apenas tentando fazer uma fiscalização no trânsito.

Secretário Municipal de Postura e Trânsito de Guarapari, Luiz Carlos Cardozo Filho ( à esquerda), falou sobre a suposta “indústria da multa” que existiria em Guarapari.

Choque de realidade. O secretário disse que é preciso ver “o outro lado da moeda”, e olhar pelos acidentados na cidade que são muitos, segundo ele, devido a imprudência de motociclistas e motoristas. Luiz Carlos disse que a fiscalização é um choque de realidade que tem acontecido no município e que seria normal em várias cidades pelo Brasil.  “É trabalho é a fiscalização que deve ser feito, deveria sempre ser feita assim”, falou.

Erro de preenchimento. Luiz Carlos disse que “Talvez assim, o que chamou atenção, é talvez algumas multas que foram por erro de preenchimento que chamou um pouco mais de atenção, mas sempre teve fiscalização. Nunca deixou de ter”, afirmou.  Luiz Carlos ainda disse que esse número grande de multas seria devido à alta temporada e feriados que vivem a cidade. “São os períodos de maiores temporadas”, disse.

Motoboy. Questionado sobre supostos erros em multas como a do caso do motoboy que tomou seis multas em apenas sete minutos Luiz Carlos disse que. “Todo erro administrativo o cidadão tem que pegar e fazer o seu recurso administrativo”, afirmando ainda que teria fotos do mototaxista praticando os erros que levaram as multas, mas que em um ponto, o da balança, houve sim, um erro de preenchimento no sistema.

Invertendo valores. Ainda segundo Luiz. “Esses casos de mal preenchimento não foram tantos assim também não”.  “As pessoas estão invertendo os valores, o errado está virando certo”, disse.

Defesas. O PM aposentado, José Bomfim, que também atua como autoridade de trânsito da prefeitura de Guarapari, participou da coletiva. Segundo ele, a prefeitura já recebeu cerca de 1700 processos de defesa prévia contra multas desde 2020. E afirmou que aceitou ou deferiu, cerca de 467 defesas.

Grande Vitória x Guarapari. Bomfim também tentou usar dados de municípios da Grande Vitória, para fazer comparações com Guarapari, para justificar o número de multas na cidade. “Será que Guarapari tem fábricas de multas ou está lá em Vitória e Vila Velha? ”, perguntou ele. Os dois seguiram fazendo comparações com outras cidades para justificar o número de multas em Guarapari.

Mitologia. Luiz Carlos disse que esses dados são importantes para “Tirar essa mitologia, essa expressão, que não é verdade”, disse ele, complementando que a fiscalização ainda precisa melhorar, pois existe ainda a necessidade de fiscalizar o transporte público, os táxis e ônibus de turismo.

Processos. Ainda segundo eles, existem mais de 200 processos onde os agentes identificaram o erro nas multas e solicitaram o cancelamento. Ainda segundo Bomfim, Foram os agentes de trânsito que solicitaram a sua gratificação pelas multas. Segundo ele, isso não seria legal, e foi contra. Mas a procuradoria do município entendeu que eles tinham esse direito e posteriormente a Câmara aprovou.

A Coletiva abordou ainda outros temas como o rotativo, recursos, legislação entre outros assuntos.