Em reunião com entidades médicas, conselhos de profissionais de saúde e representantes de municípios capixabas na tarde desta quinta-feira (19), a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) esclareceu dúvidas sobre os efeitos do zika vírus e montou três grupos de trabalho para orientar a conduta dos profissionais de saúde com relação à doença.

Até o momento, três casos da doença foram confirmados no Espírito Santo e 77 estão sob investigação. A presença do vírus no território capixaba preocupa ainda mais, segundo Gilsa, após a confirmação de um número elevado de casos de microcefalia no nordeste do Brasil associados à doença.

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A Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) esclareceu dúvidas sobre os efeitos do zika vírus e montou três grupos de trabalho .

“Ainda não se consegue determinar em que período da gestação o bebê é infectado. Sabe-se que o vírus pode causar microcefalia, que prejudica a formação do cérebro, comprometendo as funções cognitivas e motoras. Uma vez instalada a microcefalia não tem como reverter o quadro. Aqui no Estado, não há registro de microcefalia neste ano”, explicou.

Gilsa ressaltou que a prevenção é a principal medida a ser adotada contra a zika, principalmente porque não existe tratamento para a doença. A zika é transmitida pelo mesmo mosquito que transmite a dengue, o Aedes aegypti, portanto, todos devem seguir as mesmas orientações já conhecidas para controle do vetor, como limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado; tirar água dos vasos de plantas; colocar garrafas vazias de cabeça para baixo; e tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água.

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zika é transmitida pelo mesmo mosquito que transmite a dengue, o Aedes aegypti, portanto, todos devem seguir as mesmas orientações já conhecidas para controle.

Além disso, é importante manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas, e escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, vasos de plantas, tonéis, caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.

Para as gestantes, a orientação da Secretaria de Estado da Saúde é usar roupas que cubram melhor o corpo, lançar mão de cortinados e usar repelentes, que devem ser indicados por um médico.