Em Guarapari, teve início uma operação de fiscalização intensiva contra o desmatamento ilegal, liderada pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf). Esta iniciativa marca a primeira fase de um esforço direcionado a conter práticas ambientais prejudiciais na região. O foco principal está em identificar e abordar 350 pontos específicos de desmatamento ilegal, distribuídos em áreas como Buenos Aires, Amarelos, Todos os Santos, Setiba e Palmeiras.

O Idaf está empregando uma nova ferramenta tecnológica para a identificação e monitoramento desses pontos de desmatamento, destacando um compromisso renovado com métodos modernos de fiscalização e controle ambiental. Esta operação, com previsão de duração de dez dias, também conta com o apoio do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), que, por meio de um acordo de cooperação técnica com o Idaf, tem autoridade para aplicar autuações por infrações ambientais.

O foco principal está em identificar e abordar 350 pontos específicos de desmatamento ilegal, distribuídos em áreas como Buenos Aires, Amarelos, Todos os Santos, Setiba e Palmeiras.

O diretor-geral do Idaf, Leonardo Monteiro, detalhou a abordagem da operação, ressaltando que a primeira etapa consistiu na identificação dos pontos de desmatamento, muitos dos quais associados a loteamentos irregulares na zona rural de Guarapari. Agora, os técnicos do Idaf estão em campo realizando vistorias minuciosas. Ele enfatizou que os infratores identificados poderão enfrentar medidas punitivas, incluindo o embargo da área e multas, como forma de reparação pelo dano ambiental causado.

Monteiro enfatizou ainda o compromisso do Idaf em combater o desmatamento ilegal em todo o estado, destacando que é uma prioridade do governo eliminar essa prática danosa. Para fortalecer a fiscalização e o monitoramento florestal, foram implementadas várias medidas, incluindo investimentos em tecnologia de ponta. Entre essas medidas, destaca-se a aquisição de uma sala de videomonitoramento equipada com workstations e telas de leds de grande porte, que permitem um acompanhamento em tempo real das mudanças na vegetação do estado. Além disso, o governo adquiriu veículos 4×4 e quase cinquenta drones para intensificar as ações de fiscalização na zona rural. Também foi implementado um novo sistema digital norueguês para facilitar a identificação de áreas desmatadas.

Para obter dados precisos sobre o desmatamento em Guarapari, foram utilizadas imagens de satélite de diferentes períodos entre os anos de 2020 e 2024. A combinação de bandas espectrais e o uso do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) permitiu identificar áreas desmatadas. Essas informações foram cruzadas com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para identificar os responsáveis pelas propriedades onde ocorreu o desmatamento, possibilitando a aplicação de medidas corretivas e punitivas de forma eficaz.