A quantidade de pessoas em situação de rua no Centro de Guarapari é uma questão que vem preocupando os comerciantes da região. O presidente da Associação de Moradores do Centro (AMOCentro), Themístocles Sant’Ana, que também é comerciante no local, fala  que o problema está deixando a todos apreensivos.

A quantidade de pessoas em situação de rua vêm preocupando os comerciantes do Cento de Guarapari.

“Eles ficam deitados nas portas das lojas, muitas vezes eles entram dentro de um restaurante, padaria, para abordar clientes, e nós temos cuidado ao abordá-los, para não constranger ainda mais os clientes. Agora sem o rotativo, eles se fazem de flanelinhas e intimidam os motoristas que deixam seus carros na rua”, explica. 

Cidade dos moradores de rua. Themístocles comenta que a casa de apoio à moradores de rua os incentiva a permanecer nessa situação. “A Casa Dia é lugar que eles tomam café da manhã, tomam banho, só não podem dormir. Quem vai querer ir embora de Guarapari? Do jeito que está, Guarapari vai se tornar a cidade dos moradores de rua. A quantidade é tanta que a secretaria de Assistência Social acaba que não dá conta”, afirma. 

Outra comerciante do Centro que também está passando por esse problema é a Carolina Norbim, ela conta que sua funcionária já não abre mais o comércio sozinha, por ficar intimidada pela presença dos moradores de rua na posta da loja. “Todos os dias agora tenho que ir abrir a loja com minha funcionária, porque ela tem medo de abrir sozinha, temos que ficar pedindo licença porque eles ficam dormindo bem na porta. Sem falar que sempre temos que lavando todo dia, porque o cheiro de urina fica muito forte”, diz Carolina.

O Portal 27 procurou a prefeitura, que através de nota, afirmou que “A Secretaria de Trabalho, Assistência e Cidadania (Setac) informa que realiza ações nas ruas de Guarapari para atender a esse público. A prefeitura tem ainda a Casa Dia que oferece palestras, encaminhamento para tratamento de saúde e acompanhamento em casos que necessitam de atenção contínua, trabalhos de conscientização, material e espaço para higiene pessoal, triagem para passagens quando solicitado. A Casa Dia atende em média 30 pessoas por dia. A legislação brasileira não permite à Prefeitura tirar ninguém à força das ruas, somente com o consentimento da pessoa”, disse a Prefeitura.

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