Na madrugada da última quinta-feira (08), um empresário que possui uma casa no bairro Concha D’Ostra, em Guarapari, foi acordado com ligações de vizinhos relatando que supostos policiais civis estariam invadindo a residência. Ao chegar no local, se deparou com um dos seus cachorros morto. Segundo reportagem do Tribuna Online, os suspeitos teriam entrado ainda em outras casas próximas.

Invasão. Filipe Mariani, proprietário da casa, mora em Vila Velha e ia até a residência todos os dias para cuidar dos cachorros. Em entrevista para o Tribuna Online, Mariani relatou o ocorrido. “A polícia arrombou o portão e deixou aberto. Entrei, procurando meus cachorros. São seis cães, sendo que um está morto e outro está desaparecido. Os vizinhos falaram que deram muitos tiros”, afirmou o empresário.

Segundo Mariani, ao ir até a delegacia registrar o boletim de ocorrência, ele foi informado de que a ação realizada buscava pessoas envolvidas no tráfico de drogas. De acordo com ele, a polícia alegou que, antes de ser comprada pelo empresário, a casa era alugada para outras pessoas, e que serviria como depósito de drogas. 

Ao chegar no local, se deparou com um dos seus cachorros morto.

Cachorros. Segundo o empresário, ainda na delegacia, um policial teria admitido que atirou no cachorro após ter sido atacado pelos cães. Porém, o tutor afirma que os animais são dóceis e adestrados. “Mataram os meus cachorros por covardia. Eles não atacaram ninguém”. 

Sobre o cachorro que está desaparecido, vizinhos contaram que o cão teria fugido para a rua e que os policiais continuaram efetuando disparos na direção do animal. “Era como se os cachorros fossem criminosos. Deram tiro no meu cachorro para matar mesmo”, lamenta Filipe. Ele afirma que irá tomar medidas legais sobre o caso: “Irei entrar no Ministério Público, na Corregedoria de Polícia, aonde for preciso”.

Proteção dos animais. Em nota, a CPI dos maus-tratos aos animais da Assembleia Legislativa informou que enviou um ofício à delegacia de Guarapari pedindo esclarecimentos sobre a versão policial. Também solicitou a necrópsia do cachorro morto. O tutor dos cães foi orientado a manter o corpo do animal em uma clínica até ser realizada a necrópsia.