Na semana passada uma discussão saiu das redes sociais, ganhou a mídia da cidade, voltando posteriormente às mesmas redes sociais. A briga foi entre dois filiados do PDT, configurando um verdadeiro “Fogo Amigo”.
Tudo começou quando Toninho Stein, presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Cidade (Codeg), usou o Facebook para defender alguns contratos da Codeg e aproveitou para questionar o contrato que a TV Guarapari tem para transmitir as sessões da Câmara Municipal.
O contrato ao qual Toninho se referia pagou no mês de julho, mais de R$ 49 mil reais para que a TV transmita as sessões realizadas na terça feira.

De acordo com Stein, neste mesmo mês houve recesso da casa, mas a TV Guarapari recebeu os pagamentos normalmente. “Eu estou questionando que é um absurdo você pagar esse valor para uma emissora de televisão. Os vereadores não prezam que tem que ter hospital para o bem do povo entre outras coisas? Então cancela este contrato e usa a verba para isso”, disse ele ao Portal27.

Irritado com o questionamento do presidente da Codeg – que também é seu colega de partido – com relação ao contrato de TV, o presidente da Câmara Wanderlei Astori (PDT), rebateu o fogo amigo, usando os microfones da emissora, afirmando que na verdade conseguiu reduzir os valores do contrato.
Confira no vídeo abaixo.
Cópias. Sobre esse contrato de R$ 9.600 reais para o aluguel de uma máquina copiadora, que Wanderlei citou, Toninho se defendeu dizendo que é um contrato anual, onde ele pagaria apenas 4 centavos a cópia. “A gente não compra tonner (tinta), não temos despesas com manutenção. É tudo a empresa que dá. Não é caro”, explicou ele.
Sobre um aditivo de 25% que a Codeg, fez em cima do contrato da locação da máquina copiadora, ele disse que o valor não aumenta. “Se você tem um mês que você tira mais cópias, você faz um aditivo na quantidade, não no valor, que continua o mesmo”, diz ele explicando que apesar da Codeg ser uma empresa mista (metade particular e metade pública), todas as licitações e pregões são feitos diretamente na Codeg, sem passar pela prefeitura.
Varredoras. A reportagem do Portal27 também questionou o fato da Codeg, ter contratado máquinas varreduras e niveladoras para fazer o serviço de limpeza da cidade. “Eu nunca vi essas máquinas nas ruas. Contrataram e as máquinas nunca apareceram”, disse uma fonte que denunciou a situação ao Portal.
Segundo Toninho, as máquinas, contratadas a R$ 75 mil reais, realmente nunca foram usadas, mas o contrato foi rescindido. “Essa empresa nunca recebeu. Foi uma experiência que não deu certo. Uma iriamos usar na rua e outra na limpeza da praia. Essa da praia, além de chover demais na época, o serviço dela não estava bom e acabamos não usando. Fui obrigado a rescindir o contrato das duas, sem pagamento ”, explicou.
Valores. Segundo fonte ouvida pelo Portal, mesmo não tendo usado o serviço, as máquinas contratadas pela Codeg, estariam acima do valor de mercado. Foi citado o caso de uma licitação de Brasília em 2011, por exemplo, teve como valor do contrato é de R$ 96.606,96 (noventa e seis mil, seiscentos e seis reais e noventa e seis centavos), sendo R$ 90.545,40 (noventa mil, quinhentos e quarenta e cinco reais e quarenta centavos), referente à aquisição da máquina varredora, e R$ 6.061,56 (seis mil, sessenta e um reais e cinqüenta e seis centavos), relativos à aquisição dos insumos para a citada máquina varredora.