Um líder comunitário foi morto a tiros na manhã de hoje em Guarapari. Valter Rosa da Silva era presidente da Associação de Moradores do Bairro Reta Grande.

O crime aconteceu por volta das 8h30 na Rua Mansueto Buback. De acordo com testemunhas, dois homens em uma moto pararam próximo de Valter e efetuaram três disparos. Ele morreu na hora.

Valter tentava resolver um problema elétrico no reservatório de água que abastece a comunidade. Ele foi até a casa de um morador e pediu uma escada emprestada.

“Enquanto eu passava a escada por cima do muro para ele, os homens pararam a moto e já apontaram a arma. Eu gritei para ele ter cuidado, mas o carona da moto começou a atirar. Eu me abaixei e sai correndo”, contou o morador do bairro.

Valter Rosa foi morto enquanto pegava uma escada para resolver um problema elétrico. Foto: João Thomazelli/Portal 27
Valter Rosa foi morto enquanto pegava uma escada para resolver um problema elétrico. Foto: João Thomazelli/Portal 27

De acordo com ele, os motociclistas estavam de capacete e não foi possível identificar o atirador. “Quando eu vi a arma, não prestei atenção em mais nada. Só quis me proteger”, contou o morador.

Populares contaram para a reportagem do Portal 27 que o crime pode estar relacionado com um problema na distribuição de água para a comunidade.

De acordo com alguns moradores de Reta Grande, algumas casas da região utilizam uma fonte de água para abastecimento, mas há algum tempo a Cesan construiu um reservatório de água tratada para ser distribuída nos domicílios. Cada casa paga R$ 15 para fins de manutenção do reservatório.

Valter era líder comunitário em Reta Grande, em Guarapari. Foto: Reprodução
Valter era líder comunitário em Reta Grande, em Guarapari. Foto: Reprodução

Ainda de acordo com moradores do bairro, Valter teria dito que iria cortar o abastecimento de água antigo ainda esta semana para que todos usassem a água do reservatório. Isto teria motivado o crime. Várias pessoas conversaram com a Reportagem do Portal 27 e disseram que Valter era uma pessoa muito boa e que lutava por melhorias para a comunidade.

O líder comunitário era casado e tinha uma filha de 8 anos. O corpo de Valter foi levado para o DML de Vitória. A Delegacia de Crimes Contra a Vida de Guarapari investiga o caso.

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