Perfil 27: a história e os sonhos do apresentador Alfredo Gini

 

 

Há 18 anos a frente do programa Nosso Estilo, da TV Guarapari, Alfredo Gini é o primeiro entrevistado do nosso novo quadro “Perfil 27”, o qual irá trazer a trajetória de vida e profissional de personalidades de Guarapari.

Alfredo é filho de pais italianos, que vieram para o Brasil ainda jovens em busca de oportunidades. Nascido em São Paulo, o apresentador se mudou para Guarapari quando ainda tinha dois anos e afirma: “Eu me sinto guarapariense de coração, peito aberto e, para confirmar tudo isso, eu tenho o título de cidadão guarapariense”.

Televisão. A paixão de Gini pela televisão surgiu ainda na infância. “Eu, desde muito pequenininho, tinha uma televisão no meu quarto e a única coisa que me fazia dormir ou ficar quieto – porque eu realmente era muito espevitado –, era a televisão. E das lembranças mais remotas que eu tenho, me lembro que toda segunda-feira que minha mãe sentava para ver Hebe Camargo eu também sentava para assistir ao lado dela e ficava quieto olhando aquela cena, aquele palco, aquela desenvoltura de Hebe Camargo. Então eu acho que a imagem da televisão me vem muito disso, dessa referência de Hebe Camargo lá atrás e da televisão como um instrumento que me prendia a atenção e deixava, assim, mais calmo”.

Formação. Graduado em Publicidade e Propaganda, Alfredo também chegou a fazer faculdade de Jornalismo e a estudar teatro no Rio de Janeiro. “Eu tenho, assim, uma formação bem amealhada em termos de artes, de figurino, de cenas, artes cênicas. E isso me deu embasamento técnico para eu poder desenvolver meu trabalho na TV Guarapari”.

Entrevistas. Sobre pessoas marcantes que já entrevistou, o apresentador destaca o ex-prefeito Antônio Gotardo: “É tanta gente. O que eu acho que é mais marcante no trabalho do Nosso Estilo é poder dar oportunidade a gente de Guarapari que às vezes nunca se imaginou em falar para a televisão e, de repente, foi a um programa de televisão e falou por 20 minutos. Por exemplo, eu vou citar o caso do falecido prefeito Antônio Gotardo, que foi uma vez ao Nosso Estilo e 20 minutos de programa, dez cada bloco, ele falou, inclusive, com ressalvas da família, que achava que ele não ia conseguir ficar tanto tempo no ar falando, respondendo e desenvolvendo o assunto, por ser uma pessoa tímida, uma pessoa mais contida. Então, assim, casos como esse”.

Hebe. Alfredo ainda falou que gostaria de ter entrevistado Hebe Camargo. “Para mim é um ícone, uma referência como pessoa, como gente, como artista, com uma trajetória de possibilidades, que veio do nada e de repente se tornou tudo e com aquela alegria constante, aquele jeito de ser. Não mudou ao longo do tempo. Sempre se manteve fiel ao seu estilo de ser, mesmo nas críticas, mesmo sofrendo, às vezes, alguns tipos de intervenções, ela sempre se manteve fiel. Eu acho isso bacana. É uma pessoa que eu sempre imaginava poder encontrá-la algum dia e nunca tive oportunidade de poder estar com ela e entrevistá-la”.

Futuro. Questionado quanto ao futuro, ele diz que “os planos às vezes são muitos, às vezes não são nenhum. Eu, por exemplo, tinha muita vontade de crescer artisticamente, de fazer outros trabalhos. Não sair da TV Guarapari, mas de fazer outros trabalhos assim, ligados à cultura, a arte. Deixar desenvolver mais esse dom, essa aptidão. É uma vontade muito grande”.

Política. O apresentador já atuou na política e não descarta uma participação na área novamente. “Já estive na política por diversas vezes. Estive nos bastidores políticos, gosto de política, acho importante política, e acho que a gente, por pertencer a uma sociedade, uma cidade, a todo o meio em que a gente vive, a gente tem que se dar condições também de entrar na política, de se oferecer para a política, tentar fazer alguma coisa por aquela cidade que faz alguma coisa por você. Eu devo muito a Guarapari. Não tenho planos políticos, mas também não descarto uma possibilidade de eu poder fazer alguma coisa por Guarapari politicamente”.

Realização. Para finalizar,Alfredo Gini falou sobre realização: “Eu me sinto uma pessoa realizada no sentido profissional, no sentido pessoal. (…) eu tenho ainda sonhos a realizar, eu tenho acho que caminhos a cumprir. Me sinto realizado, mas não na plenitude da vida. Eu acho que a vida é um descortinar de realizações diárias, é o amanhecer, é o anoitecer, é o dia a dia. Eu acho que isso a gente vai tecendo um pouco das realizações mínimas e construindo as máximas. Então, eu acho que estou na construção das mínimas ainda para chegar na máxima realização, que eu acredito que isso aí nunca a gente chega, porque a vida a gente vai indo e ela vai se desdobrando, então o mais importante é a gente ir. É caminhar, é seguir e acreditar”.

Confira abaixo trechos dos melhores momentos da entrevista: