Após a publicação da matéria do Portal 27, mostrando que a CGU acredita que as obras do Hospital Cidade Saúde são de alto risco de desperdício de dinheiro público (Confira Aqui), a Secretaria Municipal de Comunicação Social enviou nota com o posicionamento oficial do município.

De acordo com a nota, “O processo se iniciou em 2011 com desapropriação, planejamento e busca de captação de recursos, além de projetos para construção do hospital. Gestão esta que obteve êxito na captação do recurso de mais de 3 milhões e meio de reais.

Secretaria Municipal de Comunicação Social enviou nota com o posicionamento oficial do município.

Durante a gestão 2013-2016, menos de 1% da obra do hospital foi executada, além de ter sido paralisada, durante esse período. No início da gestão 2017-2020, a prioridade do município foi a retomada das obras, quando foi iniciada revisão para solução dos problemas existentes.

9,57% foi executado a partir de 2017, ano que foram sanadas as pendências detectadas pela Caixa Econômica Federal, portanto a obra encontra-se em pleno funcionamento e cumprindo o cronograma físico/financeiro constante no contrato, com a empresa responsável pela obra. Atualmente a obra encontra-se com 9 medições realizadas, com 16,41% executada”

Recursos.  A nota segue dizendo que Foi demonstrado na resposta à CGU que o município irá mobiliar e equipar o hospital com recursos advindos de alienação de um imóvel do município. O Município já está em negociação com grandes instituições privadas para formalização de Parceria Público Privada – PPP, para gestão do hospital.”

Habitantes . O município finaliza dizendo que “O Município de Guarapari possui uma população de aproximadamente 123 mil habitantes a serem atendidos pela Rede Pública de Saúde. Por se tratar de uma cidade eminentemente turística, esta população torna-se flutuante e durante o período de alta temporada alcança aproximadamente 600 mil habitantes. Ainda que não houvesse outros dados referenciais para demonstrar a necessidade de construção do Hospital em tela, o número de habitantes por si só já garante esta necessidade.

“O município irá mobiliar e equipar o hospital com recursos advindos de alienação de um imóvel do município…”.

Toda essa população hoje depende de liberação de vagas pelo Estado, em hospitais de outros Municípios. Essas vagas costumam demorar a serem liberadas e são muito limitadas, não atendendo de forma favorável à grande demanda existente no município. Em vulnerabilidade de saúde, muitos pacientes perdem suas vidas aguardando intermináveis filas de espera por procedimentos concentrados na Grande Vitória, que tem se tornado cada vez mais demorado; ou até mesmo no deslocamento para esses hospitais.

Somente no mês de julho, o Município de Guarapari ficou aguardando a disponibilidade de 143 (cento e quarenta e três) leitos para internação, solicitado via Central de Regulação, dentre as quais apenas 39 (trinta e nove) foram liberadas nas primeiras 25 e 48 horas, deixando o paciente a espera de um hospital, em uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento, que não possui suporte adequado para internação hospitalar, visto não ser atribuição inerente a UPA.

Atualmente, mais de 500 pacientes aguardam por procedimento no SISREG (Sistema Nacional de Regulação. Sem contar com a lista de pacientes das regiões vizinhas, como Alfredo Chaves com 145 pacientes, Anchieta com média mensal de 163 pacientes. Tais procedimentos seriam resolvidos de forma eficiente dentro do Município, de forma que o paciente seria o maior beneficiado.”, finaliza a nota.