O vereador Rodrigo Borges (Republicanos), esteve na UPA de Guarapari nesta tarde (28), para apurar denúncia de falta de remédios na UPA e na unidade que atende os casos suspeitos de Covid-19. De acordo com o vereador, ele foi apurar reclamação de moradores.

“Fomos procurados por alguns cidadãos desde sábado. Que nos informaram que não conseguiram os remédios básicos do protocolo de tratamento de Covid. Então fizemos uma visita em loco e constatamos a realidade do local. Muita procura mesmo com a paralização do transporte público e a confirmação da falta de medicamento”, disse o vereador a nossa equipe.

Vereador Rodrigo Borges (Republicanos), esteve na UPA nesta tarde

Empresa. O vereador explicou que a empresa que ganhou a licitação do fornecimento de remédios, não estaria entregando os mesmos. Segundo ele, até mesmo o paracetamol não tem na unidade. “O que nos preocupou muito pois aquele enfermo que não conseguir se tratar em casa, ele fatalmente retornará em pior condição”, disse.

Ministério Público. Ainda de acordo com ele, as autoridades serão acionadas para apurar esse caso. “O processo de compra de medicamento que corre atualmente na prefeitura vai ser auditado e encaminhado ao Ministério Público para que também faça averiguação se achar pertinente. O que sabemos no momento que a empresa venceu, porém não está habilitada. O papel de fiscalização será realizado mesmo com as atividades em plenário paralisadas. Se não conseguirmos evoluir com os pedidos por causa da paralização, será encaminhada ao Ministério Público um ofício com as informações colhidas em loco, para que aquele órgão possa averiguar, sendo em paralelo tomadas as medidas pertinentes a esse parlamentar”, explicou Rodrigo Borges.

Resposta. Procuramos a prefeitura para que ela respondesse sobre as reclamações do vereador sobre os fatos relatados. Através da Secretaria de Comunicação foi respondido que: “O desabastecimento está ocorrendo devido à ausência de matéria-prima para os fornecedores cumpram com seus contratos, todas as providências legais têm sido enviadas para êxito nas compras mas, a demanda tem sido maior do que a oferta, tendo em vista o momento de pandemia em âmbito nacional vivenciado, como é de conhecimento de todos. Isso tem sido registrado em diversas cidades do Brasil.

O município defende que o paciente tenha a opção de adquirir por meios próprios o tratamento medicamentoso integral, caso queira, essa conduta de prescrição é de autonomia da parte médica, como já defendido pela Associação Médica Brasileira (AMB) que, inclusive publicou em 23/03/2021 o posicionamento no qual condena entre outros pontos, o uso de remédios sem eficácia comprovada contra a Covid-19.”, disse a nota da prefeitura.