Numa reviravolta política que marcou a história de Guarapari, a insistência do prefeito Edson Magalhães resultou na anulação do resultado da eleição para prefeito em 2012. Ele disputou a eleição municipal, mesmo com a candidatura indeferida, e não teve os votos computados no processo de apuração, causando problemas que resultaram em uma nova eleição sendo realizada em 2013. 

Entenda o caso. Em 2006, Edson Magalhães era vice-prefeito e assumiu a prefeitura por um ano e oito meses devido à cassação do mandato de Antonico Gottardo. Ele se candidatou e foi eleito como prefeito em 2008. 

Edson Magalhães tentou, então, disputar a reeleição em 2012, mas foi barrado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-ES), ao entendimento de que estaria tentando um terceiro mandato consecutivo. O político recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a validação dos votos.  

Unanimidade. Segundo o relator do recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Arnaldo Versiani, Edson já havia exercido dois mandatos consecutivos como prefeito. Assim, não havia a possibilidade de candidatar-se a uma terceira vez para mais um período subsequente. O voto do relator foi acompanhado por unanimidade e o registro de Edson continuou negado.

Nova eleição. Magalhães obteve mais de 50% dos votos válidos em 2012 e, diante disso, o juiz eleitoral do município determinou a realização de novas eleições. Isso porque, segundo a legislação vigente, devem ser anulados os pleitos nos quais os candidatos que concorreram com registro de candidatura rejeitado obtiveram mais da metade dos votos válidos.

Após a decisão do TSE de manter o indeferimento do registro de Edson, que foi o candidato mais votado nas eleições municipais de 2012, com 58,31% dos votos, um novo pleito foi marcado pelo TRE-ES e aconteceu em fevereiro de 2013. O candidato Orly Gomes, indicado por Edson, venceu as eleições com 43% dos votos.