Celso Alves dos Santos Neto é o nome de um jovem de apenas 18 anos do qual você, caro leitor, ainda deve ouvir falar muito. Atleta profissional de MMA, Celso, que também pratica jiu-jitsu e Muay Thai conquistou seu primeiro cinturão recentemente em uma luta no JFC (II Jacara Fight Combat).

Celso conquistou seu primeiro cinturão na luta. Fotos: Arquivo Pessoal. 

Celso conta que pratica o esporte desde os 8 anos de idade. “Era uma criança hiperativa e, segundo minha mãe, o neurologista recomendou que eu praticasse algum tipo de esporte para gastar minhas energias. Comecei no futebol, onde disputei vários campeonatos e, junto com o time que jogava, conquistamos a vitória no campeonato mineiro da minha categoria”, afirma.

O jovem está há 5 anos nas artes marciais. “Comecei no projeto IBC FIGHT e me encontrei, diferente do futebol que é coletivo, nas artes marciais, o resultado depende apenas de mim. Claro que conto com o apoio dos meus mestres Paulo Roberto, Cleiton Pristo, Valdirley e colegas de treino”, declara.

Celso estuda e se dedica ao esporte com longas horas de treino por dia. “Além de estudante, sou atleta, estou focado e dedico de 8 a 9 horas de treino por dia para eu obter resultados positivos. A rotina é puxada, perco cerca de 700 calorias/sais minerais a cada treino”, afirma.

Como todo bom atleta, o jovem de 18 anos cuida da alimentação. “Minha alimentação é equilibrada, minha rotina alimentar inclui ovos, batata doce, proteínas em geral ,whey protein. Nós atletas temos muitos gastos com alimentação para mantermos o corpo saudável. Eu não tomo refrigerante e evito alimentos e bebidas que possam prejudicar meu desenvolvimento como atleta”.

Com os professores Paulo Roberto, Cleiton. 

Celso faz parte da equipe Colisão e afirma que para ingressar no MMA é necessário ter habilidades em outros esportes de arte suave. Ele, inclusive, busca sempre se superar, pois voltou aos campeonatos após uma cirurgia no joelho. “Participei de 12 campeonatos de Jiu-jitsu, conquistei 7 medalhas de ouro, 3 de prata e 1 bronze. O último campeonato de jiu-jitsu do qual participei, fiquei fora do pódio, pois estava voltando de uma cirurgia no joelho”, afirmou o lutador que se encaixa na categoria de 66 quilos.

A grande conquista de Celso, entretanto, é o cinturão, do qual fala com bastante alegria. “O cinturão por sua vez foi conquistado na segunda luta com o atleta Caio Sansão. A primeira luta para mim foi uma experiência. Foi uma luta dura. Tanto o atleta Caio quanto eu tínhamos muita técnica e vontade de vencer. Meu oponente já tinha experiência em lutas de muay thai. No meu caso, foi a minha primeira experiência no octógono. Por decisão dos juízes o resultado daquela luta que aconteceu em 14 de novembro foi empate. Fui convidado pela organização para fazer uma revanche. Aceitei o desafio e meus mestres me prepararam para sair com a vitória”, afirma empolgado.

A luta entre Celso Neto e Caio Sansão aconteceu no dia 6 de fevereiro, às 16 horas, no CT LC Team, em Jacaraípe. O II Jacara Fight MMA amador foi aberto ao público, com participação limitada. No evento, o atleta teve a oportunidade de sair campeão. “Treinei muito e, junto a equipe Colisão, saí vencedor, trazendo o cinturão para Guarapari”, afirma. Celso sonha em chegar à UFC e conquistar mais cinturões. Quer também ter oportunidade de ajudar sua família, amigos e atletas como ele.

“Meus incentivadores são meus pais. Desde pequeno eles me ensinam a ser diferente. Dentro do tatame, quem me incentiva são meus mestres Paulo Roberto, Cleiton Prisco e Valdirley. Sou muito grato por tê-los como meus mestres e amigos”, afirma Neto. O atleta diz que embora tenha apoio de pessoas próximas, o incentivo municipal e estadual não existe. “Tenho que ressaltar que nós atletas não temos nenhum tipo de apoio municipal nem Estadual, acredito que a Secretaria de Esportes poderia ser uma âncora para nós”, afirma.

Para os jovens que sonham em ser atletas, Celso deixa um recado. “Tente, fracasse, não tem problema. Tente outra vez. Temos que correr atrás do nosso sonho. Ele está ali parado, não vai se mover. É você que fica mais perto ou mais longe dele. Então só depende de nós mesmos!”, finaliza.