Cada ambiente requer uma indumentária. Isso é uma regra áurea da sociologia. Princípio incontestável e absoluto. Diria mesmo que se trata de uma cláusula pétrea. Algo imutável. Ouvi alguém dizer que se é para ter regra sobre o tipo de roupa que deve-se usar para ir a uma determinada igreja, então, nesse caso é melhor proibir as pessoas de irem a igreja. Contudo, de modo semelhante, deveria-se também, e determinantemente, proibir as pessoas de irem aos tribunais, fóruns, audiências etc, pois lá também existem regras rígidas com relação aos trajes de seus frequentadores, sejam eles usuais ou não.

A relevância da questão é que a ignorância e inconveniência de muitos é algo tão cavalal e gritante, que se não forem colocados limites, estes, vão ao templo (e não somente) com o mesmo indumento que se vai a uma praia, clube etc. Abusos extremos requerem medidas extremas, gente. Tem mais é que existir regra mesmo. Essa geração moderninha não tem e não respeita nenhum limite.

O ponto central dessa reflexão é que nós temos nossas portarias. O que tem de gente sem discernimento e noção social de ambientes físicos que frequentam, é algo incalculável, porém, triste e real. Por exemplo, já estive numa cerimônia de casamento, onde uma jovem mulher estava usando uma blusa com as suas costas totalmente nua. Noutra ocasião, também vi (numa cerimônia matrimonial, e num templo católico) uma mulher que estava com uma saia tão curta, mas, tão curtinha que a noiva perdeu a oportunidade de ser o centro das atenções na festa onde ela mesma deveria ser o foco. Mas, acredite, esses não são comportamentos unicamente do sexo feminino, não.

Há homens (geralmente são os mais jovens) que se comportam em templos religiosos como se estivessem numa vaquejada ou mesmo numa festa de rodeio. Até com chapéu de boiadeiro ele vai ao culto ou a missa. Mas, não precisa ir muito longe, não. A sala de aula de uma faculdade, como exemplo, é um poço e uma excelente fonte de ilustração. Lá, existem dezenas de pessoas que não sabem se comportar de acordo com o ambiente que frequentam. É desse jeito lamentável. Já vi aluno ser expulso de escola por não querer se adequar ao sistema que deveria regê-lo. É o relativismo em detrimento do absolutismo.

Esses comportamentos vestuários ignóbeis, são muitíssimos ultrajantes ao passo que vergonhosos, inadequados e desprezíveis. Essa turma da indumentária imprópria a ocasião, perde em respeito o que ganha em ridículo. Não é que falta espelho em casa. Isso eles têm até mesmo na bolsinha que costumam levar a tira colo. O que essa galera não tem mesmo é juízo. Umas boas aulas de regras de etiqueta, conduta social, ética, comportamento, modos, postura etc; certamente iria evitar nestes, um punhado de situações que só lhes trariam desprezo e constrangimento.

Kleberson Sergio de AndradeKleberson Sergio de Andrade

É pernambucano, natural da cidade de Jaboatão dos Guararapes, residente em Guarapari há 14 anos, casado com a pedagoga e professora, Clause Miranda Quirino de Andrade, com quem tem um filho de seis anos (Hugo Adriel). É pastor batista, teólogo, pedagogo, educador/professor de filosofia, sociologia, política, legislação, ética e cidadania; pós-graduado em ética, filosofia, educação, docência do ensino superior, capelania hospitalar, gestão escolar com habilitação em administração, supervisão, orientação e inspeção, licenciado em filosofia e sociologia e acadêmico do curso de psicanálise.