As crianças que estavam no acidente que matou duas pessoas na noite deste sábado (22) no quilômetro 332 da BR-101 em Guarapari, entraram em pânico logo depois da batida e muitas pensaram que iam morrer.

“Só deu para ouvir e sentir o impacto. O impacto foi muito grande e o ônibus parou. Na hora elas estavam todas sentadas e só o motorista que viu o que aconteceu. Com a batida o vidro da frente quebrou e tiramos as crianças pela frente do ônibus porque a porta não abria. Só depois que fomos ver que tinha um carro debaixo do ônibus”, contou a diretora de um dos grupos de aventureiros (crianças de quatro a 13 anos) que estava no ônibus Beth Lima.

“Foi terrível. As crianças falando que não iam mais ver os pais. ‘eu vou morrer’. Não é fácil e eu fiquei apavorada de ver. E nós tentando acalmar as crianças porque a nossa função é esse, né? Aí nós fomos conseguindo acalmar as crianças e começamos a tirar elas pelo pela parte da frente. Um pegava elas lá em cima e passava para o outro já do lado de fora”, relembrou a diretora.

O Fiat Marea ficou preso debaixo do ônibus. Duas pessoas morreram. Foto: João Thomazelli/Portal 27

Várias ambulâncias do Corpo de Bombeiros, do Samu e da ECO-101 foram deslocadas para ajudar as crianças que se feriram, mas nenhuma delas sofreu traumas sérios. Elas voltavam de um congresso em Cariacica em um comboio com outros sete ônibus todos com crianças que fazem parte dos Aventureiros e Desbravadores, com crianças a partir de 13 anos.

As poucas testemunhas que viram o acidente contaram que o carro já entrou na contramão na saída da curva no quilômetro 332 e bateu de frente. O motorista do ônibus diminuiu a velocidade e jogou para o acostamento, mas não pode evitar a batida.

A BR-101 ficou interditada nos dois sentidos e uma fila de pelo menos três quilômetros se formou. Veículos pequenos retornavam e buscavam rotas alternativas para passar. Até a publicação desta reportagem bombeiros e técnicos da ECO-101, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, ainda trabalhavam para retirar o Fiat Marea e as vítimas das ferragens. Não há previsão para liberação da pista.

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