A orla do Rio de Janeiro foi palco de momentos assustadores no último domingo (05), quando ondas gigantes tomaram o litoral da cidade. O fenômeno, que surpreendeu banhistas e moradores, foi resultado de uma combinação de fatores meteorológicos.

Desaparecido. O Corpo de Bombeiros segue nas buscas por um adolescente de 16 anos que desapareceu no mar em Ipanema, na Zona Sul, no domingo. O adolescente desaparecido participava de uma excursão ao litoral do Rio de Janeiro. As buscas continuam com o auxílio de uma aeronave, equipes de motos aquáticas e drones.

A força das ondas assustou turistas e cariocas que se encontravam na área.

Resgates. A força das ondas assustou turistas e cariocas que se encontravam na área. Registros da ressaca foram feitos nas praias do Leblon e Ipanema. No Leblon, uma equipe de salva-vidas dos Bombeiros, com a ajuda de banhistas, conseguiu resgatar com sucesso um homem que estava se afogando no mar. Ele foi prontamente socorrido e passa bem.

Ciclone. A causa por trás das ondas gigantes e da ressaca na costa carioca foi a passagem de uma frente fria e um ciclone extratropical entre sexta-feira (3) e sábado (04). Embora a formação de ondas significativas seja comum nesses casos, o fenômeno desse fim de semana surpreendeu pela sua intensidade.

“O ciclone extratropical provocou a intensificação e persistência dos ventos em uma área no mar, que chamamos de pista, o que resultou na formação de grandes ondas que chegaram ao litoral do Rio de Janeiro, configurando a ressaca, que é quando as ondas chegam a partir de 2,5 metros na costa. É como um ventilador numa piscina, por exemplo, que faz com que as ondas aumentem naquele espaço, como aconteceu em maior proporção no mar.”, destacou a meteorologista Hana Silveira, do Climatempo.

O fenômeno desse fim de semana surpreendeu pela sua intensidade.

Segundo a Marinha do Brasil, a ressaca no mar deve durar até 18h desta segunda (06), com ondas de até 3,5 metros. A agitação do mar deve continuar na terça-feira.