Os dois rapazes que torturaram até a morte o motorista de aplicativo Amarildo Freire, de 57 anos, foram condenados a prisão. O crime, que aconteceu no dia 23 de março na região de São Miguel, foi filmado pelos condenados. As imagens mostram Amarildo amarrado com o cinto de segurança, implorando para não ser assassinado.

Joadson Lima dos Santos e Elias Brito Bernardes da Silva foram condenados por latrocínio, ocultação de cadáver e corrupção de menor.

Os dois e um menor foram presos um dia após o crime. Joadson Lima dos Santos, conhecido como Gordinho, e Elias Brito Bernardes da Silva, conhecido como Curiri ou Bira, foram condenados por latrocínio, ocultação de cadáver e corrupção de menor. A sentença ainda cabe recurso.

A vítima. Amarildo Amaro Freire tinha 57 anos e era morador de Itaoca, distrito de Itapemirim. Trabalhava fazendo corridas de aplicativo por Guarapari.

Perfil do crime. Joadson e o menor são apontados pela polícia como os responsáveis por cinco outros roubos a motoristas de aplicativo, dentre eles o que causou a morte de Amarildo. Todos os outros crimes eram cometidos da mesma maneira: criavam perfis femininos, acionavam motoristas de aplicativo e quando eles chegavam, anunciavam assalto com uma arma caseira calibre 12.

Os criminosos ocultaram o cadáver de Amarildo, para que não fosse encontrado.

23 de março. De acordo com a investigação, os réus e o menor solicitaram uma corrida para o bairro Santa Rosa e, ao chegarem no ponto marcado, anunciaram o assalto. O inquérito aponta que Joadson assumiu o volante do veículo e ordenou que Amarildo fosse para o porta-malas. A vítima foi colocada no local com ambas as mãos amarradas.

Ao chegarem na região rural de Guarapari, determinaram que Amarildo saísse do veículo e atiraram no rosto do motorista. As investigações apontam que o autor do disparo foi Joadson. O menor empurrou Amarildo para que caísse e os demais atacaram a vítima com golpes de faca e tentativas de asfixia, utilizando o cinto do veículo.

Amarildo orava enquanto os assassinos filmavam, chegando a ser ameaçado de ter a orelha cortada enquanto ainda estivesse vivo. Por fim, a vítima recebeu pauladas e chutes até que fosse à óbito.

Os criminosos ocultaram o cadáver de Amarildo, para que não fosse encontrado. Ainda dividiram entre si os bens roubados da vítima. Há vídeos que mostram que, após o crime, os assassinos cantavam no carro de Amarildo, passeando com meninas no veículo.