Um casal de Guarapari foi preso por obrigar um motorista de aplicativo a transportar um jovem de 27 anos morto no porta-malas do veículo. Jackson Santos de Oliveira foi deixado pelo motorista de aplicativo às margens da Rodovia do Sol, e ao retornar para o destino final da corrida com os passageiros, ainda fugiu do casal pulando o muro do cemitério da cidade.

O casal foi preso em Itanhangá, no Rio de Janeiro, mais de um ano depois do caso. Eles estavam foragidos desde março de 2020, mas foram monitorados nesses últimos 14 meses pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari.

Mistério: polícia investiga caso de corpo encontrado em Guarapari

O crime aconteceu no dia 28 de março, em Guarapari. O motorista de aplicativo foi rendido pelo casal que estava armado e foi obrigado a entrar em uma casa, e carregar um item que estava enrolado no lençol. Esse ‘item’ seria o corpo de uma pessoa, que só foi identificada meses depois. Jackson foi morto a facadas e apresentava marcas de estrangulamento.

Após ajudar os criminosos a desovar o corpo, o motorista disse que foi obrigado a levar o casal de volta até o bairro Fátima Cidade Jardim. Ao chegar na casa, o motorista contou que com medo, conseguiu escapar e pular o muro de um cemitério, fugindo do casal.

O motorista chegou se machucou, e procurou a Unidade de Pronto de Atendimento (UPA) da cidade em busca de atendimento. Foi somente ao contar a história para os médicos, que a polícia foi acionada. O motorista de aplicativo levou a polícia até o local onde o corpo foi deixado.

O casal é apontado pela polícia como chefe do tráfico de drogas do bairro Setiba, em Guarapari. E a motivação da morte do rapaz, seria uma briga por causa do tráfico. Os dois estavam com mandado de prisão em aberto, e vão responder por homicídio qualificado, constrangimento ilegal, ocultação de cadáver, corrupção de menores e associação ao tráfico.