Eleições: pesquisas sem registro circulam por Guarapari

 

 

 

Enquanto nenhuma pesquisa oficial sobre as eleições de Guarapari é divulgada, pesquisas apócrifas, ou seja, sem identificação de origem ou registro no Tribunal Regional Eleitoral (TSE), ou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tem circulado nos bastidores, principalmente pelos aplicativos de celular.

Desde o início do ano são pelo menos 4 destas “pesquisas” vazadas por meio de celulares. Os resultados são os mais variados possíveis. Aliás, alguns dos resultados são bem duvidosos, na opinião de quem acompanha o mundo político de Guarapari.

Responsabilidade. De acordo com a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, em seu Art. 33:

• 3º A divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações de que trata este artigo sujeita os responsáveis a multa no valor de cinqüenta mil a cem mil UFIR.
• 4º A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de cinquenta mil a cem mil UFIR.

O Portal 27 ouviu alguns candidatos para saber a opinião deles sobre estas pesquisas, mas boa parte deles não quis comentar. Também procurado por nossa equipe, o pré-candidato Anderson Arpini do PSDC, afirmou que falta responsabilidade dos autores.

“As tentativas desleais de manipulação da população já estão em curso. Eu como pré-candidato, tenho conhecimento de uma série de falsas pesquisas, “pesquisas de bastidores” em que pré-candidatos tentam se posicionar bem para “ganhar” popularidade, e principalmente para conquistar recursos financeiros para suas campanhas”, explica ele.

Ainda segundo Anderson, seu partido pretende acionar a justiça. “Acionaremos o Ministério Público Eleitoral para que fiscalize e investigue as manobras desleais para com a população de Guarapari, a fim de permitir uma eleição limpa e transparente”, disse.

Sem pesquisas. Uma rápida pesquisa no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostra que de janeiro até ontem (28), não houve nenhuma pesquisa registrada no Município de Guarapari. O suposto instituto que divulgou a pesquisa ao qual o Portal 27 teve acesso, também foi pesquisado na Junta Comercial do Estado, onde também não foi encontrado.