Após ganhar na justiça o direito de manter os horários de atendimento estendidos, a Prefeitura de Guarapari publicou no último dia 20 deste mês, um decreto que flexibilizou os horários de atendimento de diversos setores, onde os seguimentos de bares e restaurantes, ficaram possibilitados de oferecer o atendimento presencial até às 22 horas de segunda a sexta-feira e até às 15 horas durante os fins de semana.

Para analisar e entender mais sobre essa situação, o Portal 27 convidou dois empresários e um representante do CDL, para elucidar o caso, sendo eles Aguinaldo Ferreira, superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Beatriz Mozer, empresária e dona do restaurante Pratão Capixaba e Marcelo Meira, empresário e presidente da Associação de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas (Abrecan) em Guarapari.

De acordo com Aguinaldo, o decreto veio em boa hora, já que logo o verão irá começar e é importante que o comércio esteja preparado, visto que recebe um grande fluxo de pessoas e terão que se acostumar com a proteção e normas sanitárias, visando evitar o contágio com a Covid-19.

Beatriz Mozer, empresária e dona do restaurante Pratão Capixaba e Marcelo Meira, empresário e presidente da Associação de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas (Abrecan) em Guarapari.

“É um movimento muito importante, a gente precisa se preparar melhor, é importante que o comércio comece a abrir agora, para se preparar para o verão, quando recebemos um grande fluxo de pessoas. Precisamos preparar e se acostumar com a proteção, as normas sanitárias, para que possamos evitar contágios”, comenta Aguinaldo.
O superintendente da CDL ainda falou sobre as expectativas e o alívio que foi causado, já que havia tempo que o comércio estava fechado ou limitado. Também comentou que, caso o decreto seja revogado, como já aconteceu uma vez, o desemprego pode subir, já que se trata de um setor vulnerável.

“O movimento ainda não retornou como era antes, mas já dá um alivio para os empresários que ficaram vários meses sem atender ninguém. A maioria das empresas mantiveram os funcionários, caso essa medida seja revogada pode aumentar o número de desempregados, estamos tratando de um setor vulnerável”, finaliza Aguinaldo Ferreira.
Beatriz Mozer também comentou um pouco sobre as expectativas e a alegria de poder voltar a atender os clientes todos os dias, como era feito antes da pandemia, e falou sobre as regras sanitárias, que estão sendo rigidamente seguidas pelo restaurante Pratão Capixaba.

Aguinaldo Ferreira, superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL)

“Para nós do Pratão Capixaba que já temos tradição em funcionar todos os domingos, sentimos muito quando não podia funcionar. Agora está sendo uma boa chance de retomada dos nossos clientes à nossa casa. Estamos seguindo todas as regras de segurança e confiantes de que tudo isso vai passar”, relata Beatriz.
Assim como Aguinaldo e Beatriz, Marcelo Meira, presidente da Abrecan, também falou sobre as expectativas, os planos de retomada e protocolos, além de especificar algumas medidas de proteção sanitárias que estão sendo tomadas, para que não aja o contágio nos estabelecimentos.

“Nós estamos cumprindo com todas as medidas necessárias para proteção, como tapetes sanitizados, aferição de temperatura, máscaras e viseiras para todos os funcionários, distanciamento de 2 metros entre as mesas, entre outros. São protocolos que nós cumprimos com rigidez, mais do que em outros setores que muitas vezes ignoram, como transporte, supermercado, loja, banco, eles não tem isso, então porque a gente com todos esses protocolos não pode funcionar, se os outros já estão funcionando?”, afirma Marcelo.

O presidente da Abrecan também relata que é necessário que aja uma maior flexibilização nos horários, principalmente aos fins de semana, para que possam funcionar presencialmente até mais tarde, já que, segundo ele se trata de um seguimento com força durante a noite.

“Nossa expectativa é que possamos voltar as atividades, como os outros setores já retornaram. Já foram 500 empregos perdidos, precisamos retornar e precisamos do horário flexibilizado, nosso setor funciona com alimentação noturna, e não diurna. O decreto nos ajudou bastante, foi a primeira flexibilização que conseguimos aguardamos que isso aumente e entendemos o seguinte, quanto maior o horário de funcionamento, menor a concentração de pessoas”, finaliza Marcelo.

Por João Pedro Barbosa, estagiário.