A policial penal Cintya Salomão Rosetti Barbosa é a única mulher que compõe a tropa do Grupamento de Operações com Cães (GOC) da Diretoria de Operações Táticas (DOT), da Secretaria da Justiça (Sejus). Ela e a parceira de atuação, a cadela Zaya, da raça Pastor Belga Malinois, cumprem a missão de atuar em ações preventivas de forma rotineira nas unidades prisionais.

Servidora há 13 anos e já tendo passado por diversas penitenciárias, é no Grupamento que ela se sente mais realizada. “Já trabalhei em diversas unidades prisionais, mas é no GOC onde mais me identifico. A equipe é como uma família, uma segunda casa. Acordo todos os dias feliz em trabalhar no melhor setor da Sejus, ou seja, no Grupamento de Operações com Cães (Goc)”, diz Cintya Rosetti.

policial penal Cintya Salomão Rosetti Barbosa é a única mulher que compõe a tropa do Grupamento de Operações com Cães (GOC)

Ela conta que desde pequena sempre gostou de cachorro e a oportunidade de atuar com o colega de trabalho de quatro patas é muito especial. “O cão tem muito a nos ensinar. Nesse meio cinotécnico, área de conhecimento relacionada à criação, manejo, treinamento de cães para atividades específicas como a atividade policial, atuamos em áreas como detecção de narcóticos e explosivos, rastreamento de pessoas, captura, guarda e proteção. Isso me completa na profissão e levo para a vida. É uma importante contribuição para as ações de segurança no sistema prisional”, destacou a policial penal, formada em Cinotecnia pela Polícia Militar do Espírito Santo (PMES).

Para as ações desempenhadas nos presídios, a policial penal conta também com a parceria da cadela Zaya, de um ano e dez meses. Ela é especialista em detecção de entorpecentes. “Ela é meu binômio, minha parceira e fiel escudeira. Estamos juntas desde quando ela tinha três meses. Posso afirmar que o treinamento aplicado a ela sempre rende bons frutos. Já atuamos em muitas missões realizadas com sucesso”, comentou a servidora, que realizou curso de Condutor de Cães de Faro pela Receita Federal do Brasil.

A única mulher em um grupo com 12 homens, Cintya Rosetti explicou que a equipe de trabalho é como uma parceria. “Somos parceiros de anos. Nos aconselhamos e nos damos bem. Temos muito trabalho e também damos muitas risadas. Nesses 13 anos, passei por muitos setores. A maioria deles era composto por homens e tudo é praticado com muito respeito mútuo”, disse.

Preparo da equipe.  Atualmente, o GOC tem 12 cães das raças Pastor Alemão e Pastor Belga de Malinois. Para preparar adequadamente os cães que fazem parte do GOC, inspetores penitenciários recebem treinamento específico para a função. Técnicas de adestramento, psicologia canina, além de educação física para cães, são alguns módulos do curso de cinotecnia já realizados pela equipe da DOT. O treinamento é compartilhado por meio de outras instituições de segurança, tais como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Receita Federal.

O diretor da DOT, o policial penal Gladson Rossi da Costa, informou que seis mulheres compõem o time da tropa de elite da Sejus. Elas atuam na área de intervenção tática, sendo, além da Cintya Rosetti, as policiais penais Adriana Camponês, Luciana Calente, Jaqueline Sacht, Juliana Gomes e Juliany Aparecida.

“Temos a honra de poder contar com seis bravas guerreiras, que trabalham arduamente sem medir esforços. Elas são indispensáveis para o serviço operacional desta unidade. Nossas policiais penais seguem a mesma rotina que os homens, sempre se destacando e contribuindo para um bom trabalho. A rotina em uma base operacional é, muitas vezes, desgastante, devendo treinar, dar treinamento, operar e superar limites. Mas nossas guerreiras seguem cumprindo o seu papel com maestria”, destacou Gladson Rossi.