Por José Amaral Filho | Proposto como uma possível solução para o problema de falta de vagas para estacionar, principalmente nas áreas mais comerciais do Centro da cidade, o Rotativo em Guarapari, mesmo após quase uma década de sua tentativa de implantação ainda não conseguiu ser uma proposta firme, que atenda aos interesses da população e dos comerciantes locais.

Desde seu surgimento com a empresa Vista Group Network Sistemas e Empreendimentos LTDA a proposta pareceu ser mais uma forma de “caça níquel” que uma solução urbana. A cidade foi toda loteada e nenhum parquímetro instalado, os usuários eram obrigados a buscar algum agente caso não quisessem ter a surpresa de uma multa. As irregularidades eram tantas que o Tribunal de Justiça do Espírito Santo suspendeu a cobrança alegando, entre outras, “desprezo da empresa em relação ao comando judicial”.

Passaram-se oito anos e nada de novo aconteceu nas terras maratimbas. Outra empresa de
outro estado, a Rizzo Parking And Mobility S/A, venceu a licitação e deteve a concessão para exploração do Rotativo, mas melhoria alguma foi percebida pela população. São várias as irregularidades, desde o loteamento de vagas à falta dos tão necessários parquímetros.

CODEG. O mais notável nesse impasse é a falta de vontade, principalmente da Prefeitura Municipal em resolver o problema, mesmo tendo em mãos uma solução que poderia ser muito eficaz não apenas na execução do serviço, mas também nos esclarecimentos que giram em torno de todo esse impasse, que seria colocar nesse circuito a Companhia de Melhoramentos e Desenvolvimento Urbano de Guarapari (CODEG), empresa mista cujo controle é feito pela própria prefeitura e já presta os serviços de limpeza e iluminação pública, e que, por se tratar da Companhia de Desenvolvimento de Guarapari, poderia realizá-lo com muito mais propriedade e conhecimento.

José Amaral Filho – Historiador e ex conselheiro do Conselho do Plano Diretor Municipal de Guarapari

Mesmo com as críticas existentes em relação à atuação da CODEG, é possível que uma série de melhoramentos fossem percebidos, por se tratar de uma empresa ligada diretamente a administração pública, pois manteria circulando na cidade os montantes arrecadados, gerando empregos, apresentando soluções mais eficazes para possíveis ocorrências e estando mais próxima para prestações de esclarecimentos quando necessários e, empregando os recursos em benfeitorias para a própria população. Temos o problema, mas também temos uma possível solução. A única coisa que falta é a boa vontade política, coisa que não podemos esperar da atual administração.