A Polícia Civil de Guarapari, através do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), identificou o casal suspeito de ter amarrado e torturado uma idosa dentro da própria casa, na Praia do Morro. O delegado responsável pelo caso, Guilherme Eugênio, informou que já pediu a prisão do casal, mas por lei os nomes ainda não podem ser divulgados.

delegado responsável pelo caso, Guilherme Eugênio

O Crime foi divulgado pelo Portal 27 na última sexta-feira (29) (reveja aqui). Segundo a polícia o casal, mora próximo da idosa e estava monitorando os passos ela  há algum tempo. Ela mora sozinha em uma mansão de três andares. “Ainda não sabemos se eles moravam em frente à casa da idosa há tempos, ou se eles se mudaram para o local para fazer o monitoramento. A casa de três andares foi vigiada pelo casal, que sabia que ela morava sozinha. Uma testemunha viu quando o homem saiu da casa da vítima e foi para a casa da frente. Lá encontramos uma televisão da casa da idosa e o controle do portão. Eles arquitetaram tudo”, conta o delegado.

Testemunhas. A Polícia vigiou a casa da idosa, mas os criminosos não retornaram ao local. Cientes que estão sendo procurados, o delegado pede ajuda das testemunhas para que possam comparecer na delegacia.

“Colhemos informações na rua, mas precisamos que essas testemunhas nos ajudem a fortalecer as investigações. Ninguém será identificado. As testemunhas viram a idosa com o casal na praia. Eles são vizinhos. É um casal jovem, de 17 e 18 anos. Em dezembro, o rapaz foi apreendido com um simulacro na areia da praia. E quando entramos na casa dele, encontramos a caixa desse simulacro. Precisamos localizar o casal”, destacou o delegado.

Batida. A polícia acredita que se os vizinhos não tivessem escutado a batida do carro na garagem, a idosa poderia ter morrido na casa. A idosa segue internada em estado grave no Hospital São Lucas, em Vitória.

“Visualizamos de longe que a mulher foi torturada e deixada nesse banheiro do térreo amarrada. No sofá há marcas de sangue, assim como nas almofadas. Ela foi esfaqueada em mais de um pavimento da casa. Levaram somente um televisor. Deixaram tudo para trás porque bateram o carro em uma pilastra da garagem. Foi nessa batida que os vizinhos escutaram e resolveram acionar a polícia. Se tivessem demorado mais, ela teria perdido mais sangue e poderia ter morrido”, completou o Eugênio.

Disque-Denúncia. Manter o anonimato de quem denuncia. Esta é a principal característica do serviço Disque-Denúncia (181). Através deste número a população pode denunciar qualquer tipo de irregularidade, ilegalidade ou repassar informações que ajude as polícias na elucidação de crimes.