Robótica para melhorar o comportamento em sala de aula

 

 

Um laboratório de Robótica está ajudando alunos de uma escola da rede municipal de Guarapari a entenderem melhor as leis da Física. Este é o resultado imediato para os alunos da Escola Marinalva Aragão Amorim, em Santa Mônica.

Mas além de ajudar em um melhor entendimento da matéria, muitos alunos com problemas de comportamento em outras disciplinas têm apresentado melhoras significativas depois de começarem a frequentar as aulas no laboratório. A escola abriga 420 alunos do 6º ao 9º ano. Todas as turmas frequentam as aulas de Robótica.

O laboratório foi construído em Agosto de 2014 para receber as aulas de ciências, sendo um dos carros chefes da única escola do município que funciona com aulas em período integral. Os alunos começam a estudar às 7 horas e só retornam para casa às 17h20.

O projeto da aula de robótica foi idealizado pela professora Cibele Kemeicik da Silva, apoiado pela direção da escola e pela Secretaria Municipal de Educação.

“A preocupação dos alunos com a produção dos projetos ajuda muito no desenvolvimento deles e isso acaba influenciando no comportamento nas outras disciplinas”, explica Cibele.

Para o aluno Yran Maycon de Almeida, 13 anos, a possibilidade de ficar fora das aulas no laboratório o fez melhorar o comportamento. “eu fazia muita bagunça nas outras aulas, mas acabei melhorando, porque aqui a gente tem que ter muita atenção para fazer os projetos funcionarem”, explicou o aluno.

Para incentivar os alunos, a professora elabora pequenos concursos baseados nos projetos. Neste primeiro, os alunos estão construindo pequenos barcos a motor, que vão ser colocados à prova nos próximos dias em uma “corrida” aquática.

De acordo com a secretaria de educação do município, “a Robótica tem como objetivo trabalhar os conteúdos relacionados a motores, eletricidade, energia dentre outros. Os trabalhos desenvolvidos pelos alunos são a partir de experimentos, tornando as aulas mais prazerosas, e consequentemente o interesse dos alunos. As atividades permitem ao alunos montarem miniaturas de robôs ao longo do ano e, ao final do dele, haverá um concurso para eleger os trabalhos que mais se destacaram.

O laboratório foi construído a partir da adaptação de uma sala de aula da escola. O prefeitura usou mão de obra própria e aproveitou material de construção de outras obras já terminadas, com isso o custo extra para a criação do laboratório foi praticamente nulo.