Na tarde desta quarta-feira (09) aconteceu na Câmara de Vereadores uma audiência pública para debater a situação do transporte coletivo no município de Guarapari. Desde o começo da semana, os funcionários da empresa Lorenzutti, responsável pelos ônibus, estão em paralisação devido aos atrasos no pagamento dos salários e vales-alimentação.

A audiência, que foi requisitada pelo vereador Denizart Luiz, teria como os principais temas debatidos: a paralisação dos funcionários, as possíveis irregularidades no contrato com o município, a licitação que ocorreu em 2016 e as alegações de falência da Lorenzutti.

O vereador Denizart foi o requerente da Audiência Pública.

Sem representantes. No entanto, em vez destes questionamentos, o ponto que foi muito frisado pelos vereadores foi a suposta falta de interesse da Lorenzutti e da Prefeitura Municipal de Guarapari, que não enviaram representantes, e com isso inviabilizaram a audiência, visto que os parlamentares e funcionários não poderiam fazer as perguntas pertinentes à questão.

Envio de mensagens 

Funcionários ficaram do lado de fora da Câmara, dando apoio aos representantes que estavam na audiência.

Outro ponto que levantou um debate logo no começo da sessão foi o possível envio de mensagens da empresa Lorenzutti para os funcionários que estavam em frente à Câmara, solicitando o comparecimento deles no escritório para “tratar assuntos relacionados ao contrato”, que foi mal interpretado pelos trabalhadores.

Pedido de CPI

Em outro momento, o vereador Rodrigo Borges foi à tribuna e discursou, pedindo principalmente a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que teria o poder de polícia, para investigar, e principalmente intimar e conduzir os depoentes à Câmara, visto que nesta audiência só estiveram presentes os parlamentares e os representantes dos trabalhadores e do Sintrovig.

Paralisação continua

Por fim, após o término da audiência pública, o funcionário da empresa, Samuel Rodrigues, confirmou que os motoristas e cobradores irão continuar com a paralisação até que a empresa pague tudo que é devido, como o salário, o vale-refeição, o FGTS que não é depositado e as parcelas do acordo feito no ano passado.