Depois de muita polêmica, falta de organização e reclamações, as eleições para o Conselho Tutelar de Guarapari foram canceladas. Novas votações devem ser marcadas ainda esta semana.
Durante todo o domingo, a equipe de reportagem do Portal 27 acompanhou o desenrolar do caso. Logo pela manhã os problemas começaram com a falta de cédulas para votação, urnas lacradas com “durex” e uma das escolas onde ocorreria votação estava fechada.
Mesmo com todos estes problemas, estima-se que cerca de 3 mil pessoas compareceram às urnas para votar. Ao final das votações, as urnas seriam abertas e os votos contados na Unidade de Saúde de Setiba, mas antes mesmo da apuração começar, a votação foi cancelada.
“Fizemos uma reunião com a Promotoria de Justiça, representantes do Conselho Municipal e os candidatos e ficou decidido que a votação seria cancelada. Várias irregularidades foram observadas no processo. É uma pena, principalmente para a população que já está tão desacreditada do processo eleitoral. Ainda esta semana vamos nos reunir novamente e tentaremos marcar outra votação”, explicou Weiglas Quinto, que é um dos candidatos à conselheiro tutelar.
“Do jeito que aconteceu aqui em Guarapari, com tantos problemas e irregularidades, não poderíamos aceitar o resultado. ficaria muito suspeito, independente de quem ganhasse”, desabafou outra candidata,que pediu para não ser identificada.
A presidente do Conselho Municipal dos direitos da Criança e do Adolescente, Célia Cristina da Silva, confirmou que a votação foi cancelada. “Em reunião decidimos o cancelamento. Na próxima quinta-feira vamos nos reunir a partir das 13 horas para marcarmos nova votação. Os candidatos, além do Conselho e a Promotoria de Justiça, chegarão a uma decisão e a população será avisada”, explicou.
Célia disse que além do problema com o atraso na abertura de uma escola em Santa Mônica, outros problemas como boca de urna e candidatos levando pessoas em seus carros particulares para os locais de votação, inclusive boletins de ocorrências sobre estes problemas foram confeccionados. “Diante de todos estes problemas, a Promotoria de Justiça, o Conselho Municipal e os candidatos acharam por bem cancelar esta votação”, finalizou.