O vereador Enis Gordin (PEN) de Guarapari, apresentou na tarde de ontem (20), a sua defesa na Justiça Eleitoral. Enis foi denunciado pelo próprio presidente de seu partido, José Raimundo Dantas (PEN), de ter recebido uma doação irregular durante a campanha eleitoral do ano passado.

O vereador Enis protocolou a sua defesa no cartório eleitoral acompanhado de seu advogado Ricardo Rios.

Na denúncia de Investigação Judicial Eleitoral, o partido alega que Enis teria recebido uma doação no valor de R$ 2.000 reais (dois mil reais) de um taxista de Vila Velha, o que seria vedado pela lei eleitoral, pois concessionários ou permissionários de serviço público não poderiam doar. Se Gordin perder o mandato com essa denúncia, Dantas assume em seu lugar.

Mão Grande. Acompanhado de seu advogado, Ricardo Rios, o vereador protocolou a sua defesa no cartório eleitoral e desabafou. “Eu estou muito triste com o partido. Eles tinham que me apoiar, me ajudar e não estar tentando tirar o meu mandato, um mandato em que eu fui eleito pelo povo e agora estão tentando tirar na mão grande”, disse.

Se Gordin perder o mandato com essa denúncia, Dantas assume em seu lugar.

Após toda essa situação Gordin pensa em deixar o partido. “Devido a tudo o que aconteceu eu penso sim em sair do partido. Eu perdi a confiança. Ninguém do partido me deu uma palavra de apoio dentro em todo Estado”, diz.

Defesa. O advogado disse que o vereador cumpriu as exigências eleitorais. “No que refere aos requisitos que o vereador tem que cumprir para receber a doação, ele cumpriu. Essa doação está validada. Na questão do doador, se ele não cumprir os requisitos, o candidato não tem como apurar isso, depende do doador. E foi o que aconteceu”, explica.

O entendimento da defesa do vereador é que o taxista de Vila Velha podia sim, fazer a doação a Gordin. “No nosso entendimento a lei não proíbe que ele doe. A lei dá a pessoa física o direito de ser doador. A resolução do Tribunal Superior Eleitoral é que estendeu essa vedação passando do permissionário, para a pessoa física do permissionário. Então não foi a lei. A mesma regra que valeu para essa eleição foi a regra da eleição passada. Essa doação é legal”, disse o advogado Ricardo Rios.

* Resposta. O ex-vereador José Raimundo Dantas (PEN) entrou em contato com o Portal 27 e disse “A situação não precisava chegar a este ponto. Eu não tenho culpa se ele cometeu uma infração eleitoral. Eu sempre procurei ajudar a ele, mesmo antes de eu pensar em ser candidato. Essa situação tinha que ser resolvida internamente e não levar isso a público dessa forma”, disse.

Dantas disse que vai respeitar a decisão da justiça. “Qualquer que seja a decisão da justiça eleitoral, eu vou respeitar. E quero dizer que eu não gostaria que ele saísse do partido”

*Atualizado as 14h25.

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