Na tarde de hoje foi realizada a primeira audiência pública para debater o funcionamento do sistema de rotativo em Guarapari. A sessão foi realizada na Câmara Municipal e contou com a presença dos vereadores, dos responsáveis pelo contrato e pelo trânsito da cidade, da empresa Rizzo Parking, da imprensa e de moradores do município, que foram convocados para falar sobre as queixas.

Antes mesmo do começo da audiência, já houve um problema sobre a forma como seria a participação da empresa Rizzo, que teve sua solicitação para a presença virtual negada ontem durante a noite. A situação, porém, foi reanalisada e a Câmara permitiu, hoje às 10h, a participação dos representantes da concessionária por meio de uma reunião online.

Momento que o presidente Wendel Lima vai à tribuna discursar sobre o motivo da audiência. Na camisa está escrito: “Respeito à população. Fiscalização do Rotativo”

No começo da sessão, o presidente Wendel Lima e algumas comissões da Câmara fizeram os comentários iniciais, citando os motivos pelos quais estariam reunidos no local e porque a decisão de solicitar uma audiência pública. Segundo os vereadores, o objetivo é analisar o contrato e possíveis quebras dele, como na instalação de “sensores” e parquímetros.

Principais reclamações

Os principais pontos citados pelos vereadores, que segundo eles era o que os moradores da cidade transmitiam, são a falta de comunicação da empresa, a falta de transparência, as notificações de R$15 constantemente aplicadas, a falta de parquímetros, a falta de isenção para idosos e deficientes físicos e a tão cobrada quantidade de funcionários, considerada baixa pelos parlamentares.

O vereador criticou o rotativo e os “funcionários ninjas”, que só apareciam para cobrar os R$15.

Funcionários “Ninjas”

Outro ponto que chamou atenção durante a audiência pública foi a fala do vereador Oldair Rossi, que criticou o estacionamento rotativo e se disse contra ele, principalmente pela maneira que ele é aplicado. O parlamentar ainda comentou sobre os funcionários “ninjas” da empresa, que segundo ele, nunca estão no local quando o morador para o carro, mas aparecem 5 minutos depois com a notificação de R$15.

Loteamento da cidade e as 4 mil vagas rotativas

Alguns vereadores também reclamaram sobre o “loteamento” da cidade com vagas de estacionamento rotativo. Inicialmente o objetivo era aplicar o sistema nas ruas comerciais, porém, bairros afastados e com ruas residenciais também estão recebendo, somando até o momento 4 mil vagas rotativas.

O secretário afirmou para os vereadores que o contrato não estava sendo cumprido no ponto dos sensores.

Contrato entre Prefeitura e empresa

Durante a audiência, a empresa Rizzo Parking, que é a responsável pelo estacionamento rotativo, se defendeu das acusações e afirmou que segue todos os itens do contrato com a Prefeitura de Guarapari, com a questão dos sensores, que não foram instalados, sendo substituídos por uma ferramenta virtual.

Porém, o secretário de postura e trânsito, Luiz Carlos Cardozo Filho, em resposta ao presidente Wendel Lima, disse que o ponto do contrato que fala sobre os sensores de fato estava irregular, e que a proposta que a empresa mostrou ainda está sendo analisada, não sendo considerada oficialmente uma substituta.