Volta às aulas nas escolas. A tecnologia pode servir como uma grande aliada para combater o bullying no ambiente escolar. Isso, porque, contando com alguns recursos pedagógicos digitais, os professores conseguem realizar trabalhos que abordem a questão com as impressões dos estudantes sobre a realidade na qual estão inseridos.

“Com o auxílio do professor, materiais pedagógicos e tendo o aluno como protagonista, é possível criar jogos, mural interativo na escola e formular medidas preventivas que ajudam a minimizar os danos causados pelo bullying, de forma lúdica”, afirma a especialista em Educação e autora da tecnologia Microkids, Lisalba Camargo.

Em Cariacica, como exemplo, alunos do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental da rede municipal desenvolvem trabalhos, por meio do uso das ferramentas pedagógicas de tecnologia Microkids, que proporcionam aos estudantes o aprendizado dos conceitos para a compreensão da lógica de programação alinhadas às práticas educativas utilizadas nas salas de aula.

Alunos do 5º ano do Ensino Fundamental da rede municipal de Cariacica trabalham na formatação de um slide interativo por meio dos conteúdos pedagógicos abordados nos livros da Microkids Tecnologia

Na última culminância foram abordadas temáticas como: Bullying não é brincadeira – realidade virtual; reciclagem; aplicativo de automação pelo smartphone; códigos de programação e scratch; história em quadrinhos; produção cinematográfica e circuito. Os projetos desenvolvidos por meio do uso das ferramentas pedagógicas trabalharam disciplinas variadas, oportunizando o aprendizado dos alunos de forma lúdica.

Para o secretário municipal de Educação, José Roberto Martins Aguiar, são trabalhos belíssimos que inserem a criança nesse novo mundo digital, que é tão importante para o desenvolvimento pessoal, social e alinhado ao novo tempo. “Nós não temos a tecnologia só nas aulas de ciências ou física, nós temos a tecnologia passeando por todas as nossas disciplinas. Toda trajetória curricular do aluno, desde o ensino fundamental até a educação de jovens e adultos”, pontuou.

PRÁTICA. Na prática o professor pode adotar a proposta de ter uma conversa franca com os alunos, criando um momento de diálogo. Desta forma, o ambiente será propício para que os estudantes falem abertamente sobre o assunto e seja possível direcionar os trabalhos de forma lúdica e contextualizada.

Inseguranças, incertezas e mudanças são temas vivenciados na adolescência e discutidos no momento da construção de um game, como exemplo. Por meio da construção de um game, os alunos, mobilizam a comunidade escolar sobre perigos como: drogas, má utilização da internet, bullying e cyberbullying e sexualidade precoce.
A inserção dos alunos nas didáticas de tecnologia educacional é de importância fundamental para minimizar o efeito dessas agressões a partir das práticas realizadas no contexto escolar.

Acredito que o uso da tecnologia na Educação seja uma evolução para o ensino, a autora Elisalba Camargo. “A possibilidade de desenvolvermos essas habilidades e competências de computação estabelecidas no complemento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), porque na prática, o aluno aprenderá a “pensar” de forma integral. A amplitude de mundo, suas possibilidades e oportunidades vão contribuir para tomada de decisão e solução de problemas do dia a dia, como o bullying”, complementa a autora.