O país está, desde março, vivendo uma realidade diferente que foi causada pela pandemia, na cidade de Guarapari não foi diferente, porém, mesmo em meio a tantos problemas, paralisações e complicações um grupo de profissionais continuou se reinventando diariamente, na missão de conseguir um futuro melhor para os jovens.

Da esquerda para direita: Thiago Tâmbara, Lídia Nunes Paixão, Patrícia Almeida, Fabíola Broedel, Naysa Taboada, Rebeca Barbosa de Paula, Glaucilene Azevedo Gomes Bezerra e Thiago Cunha.

Em Guarapari, mesmo à distância, professores conseguiram realizar projetos que incentivaram os alunos a continuar estudando, fazendo com que eles ficassem entre os melhores estudantes do Espírito Santo.

Recentemente, três professores da rede municipal dividiram com os alunos a felicidade de saber que eles foram os melhores estudantes do estado na língua inglesa.

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Na matéria publicada neste domingo, mostramos a conquista destes alunos, nesta, vamos contar um pouco sobre a história da equipe que estava por trás do sucesso deles.

Professora Rebeca.

A professora Rebeca Barbosa de Paula é escritora, revisora de textos e atualmente trabalha com o ensino fundamental II na escola Presidente Costa e Silva. Realizou um projeto para que a aluna Byanca Carvalho da Silva conseguisse ficar em 3º lugar nas olimpíadas de inglês, além de ter mais alunos no projeto, que ficaram entre os tops 50.

“Começamos trabalhando com os alunos pelo Zoom e pelo site da escola com atividades, tanto do conteúdo normal do sétimo ano quanto com conteúdo extra, no meu caso, também com o conteúdo das olimpíadas. Muitos alunos reclamavam que não queriam nem participar da competição, porque não sabiam nada da língua e não queriam ir lá para não conseguir um bom resultado, então eu criei um projeto chamado ‘Do zero para as olimpíadas’ assim que as olimpíadas disponibilizaram o conteúdo que seria trabalhado nas avaliações”, contou Rebeca.

Que continuou. “Além disso, eu passei a gravar aulas para os alunos, para que eles conseguissem aprender a pronúncia, trabalhei inclusive com atividades próprias, além das que foram disponibilizadas como conteúdo, para deixá-los bem preparados. O resultado foi que a maioria se animou e participou do projeto, posteriormente participando também das olimpíadas, com isso eu e os alunos conseguimos com que eles alcançassem o top 50 do estado, e a Byanca no top 3”.

Professora Patrícia.

A professora Patrícia Almeida, que dá aulas na escola Maria Ramalhete Correa, no bairro Coroado e, com apenas um mês e meio dando aulas, conseguiu ajudar alunos a chegarem no top 50 e a aluna Eliza Rangel Zuccon em segundo lugar.

“Ficamos sabendo que íamos participar da olimpíada recentemente e então eu, que tive apenas um mês e meio de trabalho dando aulas, comecei a incentivar os alunos e acompanhar eles de perto para que conseguissem entender a matéria. Eu criei um grupo, usei a mesma plataforma do ChatClass, que é o WhatsApp e criei um grupo de monitoria e, através desse grupo, eu usei a própria ferramenta pra treinar com eles a escrita, a leitura, e a pronunciação. Eu apresentava a proposta da atividade para eles, que logo em seguida gravavam áudios ou escreviam uma mensagem, seguindo as instruções da tarefa. Tivemos uma semana inteira de treinamento com eles, e logo em seguida foi a competição, que terminou com a Eliza em 2º lugar”, comentou a professora Patrícia.

O professor Thiago Tâmbara, que é professor há dez anos, atingiu o 7º lugar no ranking específico para professores e escolheu a profissão por achar que o inglês é uma área que precisa de mais ajuda na educação brasileira, pois abre portas e futuros inimagináveis para os alunos. Thiago atualmente trabalha na escola Presidente Costa e Silva e conseguiu, em um trabalho conjunto com o aluno Stefano do Carmo Costa, que ele ganhasse o 1º lugar da competição.

Professor Thiago.

“Eu sou professor há dez anos e escolhi essa área porque, para mim, é uma área muito carente, até mesmo em âmbito nacional. Então, mesmo com todas as dificuldades, ver que o Stefano foi tão bem significou bastante. Isso influenciou inclusive no ranking dos professores, me colocando em 7º lugar, eu sinceramente não esperava, o foco do meu trabalho era para a vitória dos alunos, para eles alcançarem as posições. Eu nem estava preocupado comigo. Quando chegou, que eu vi que minha posição estava alta, não acreditei”, contou Thiago.

E disse ainda, que “infelizmente, por causa da pandemia, esse modo de estudar foi uma coisa nova, eu imagino que os nossos resultados seriam ainda melhores se a gente estivesse com eles em sala. Dos meus alunos foram onze que participaram e todos eles no top cinquenta do estado”.

E finalizou. “Primeiro quero que os alunos acreditem nos sonhos deles. Segundo que não escute quem diz que que essas coisas são impossíveis ou que nós não podemos. Se você se esforçar, você estudar e você colocar empenho, você consegue. O Stefano venceu, ele é um aluno de escola pública, comum, como qualquer outro. Mas ele colocou empenho, colocou esforço, colocou estudo e fez história, ele provou muita coisa com a vitória dele, inclusive em contrário do que as pessoas falaram”.

Além dos professores que permanecem em contato direto com os alunos, uma equipe pedagógica também participa de cada momento. A Lídia Nunes Paixão, Patrícia Almeida, Fabíola Broedel, Naysa Taboada, Rebeca Barbosa de Paula, Glaucilene Azevedo Gomes Bezerra e Thiago Cunha.