Candidatos a prefeito de Guarapari participam de 1º debate e trocam acusações

 

 

A campanha política começou oficialmente no dia 16 de agosto, mas foi na noite de ontem (25) que a disputa eleitoral esquentou para valer. O debate, promovido pelos alunos do IFES de Guarapari, recebeu os oito candidatos a prefeito, devidamente acompanhados de seus vices, assessores e alguns candidatos a vereador. Quem esteve presente, percebeu que o clima quente deve ser mantido por todo o período eleitoral.

O que se percebeu na noite de ontem, foi uma divisão ideológica entre os candidatos que se modificavam conforme o tema. No início, Marcos Borges (PMDB) e Carlos Von (PSDB) pareciam em sintonia quando o assunto era atacar Edson Magalhaes (PSD). Manoel Ki-Delícia (PT) e José Amaral (PSOL) se dividiam entre propostas socialistas e um discurso voltado ao trabalhador.

Gedson Merizio (PSB) e Dr. Franz (PTN) mostraram tanta sintonia que em alguns momentos Dr. Franz se esqueceu que era candidato e declarou apoio à Gedson. Edson Magalhães (PSD) foi vaiado, algumas vezes, pelos alunos do IFES, principalmente, quando o assunto era a rodoviária de Guarapari. E Ricardo Rios (REDE) adotou uma postura mais independente mostrando que é um técnico e que vai priorizar uma gestão compartilhada com a cidade.

Alguns pontos chamaram atenção no discurso dos candidatos. Marcos Borges (PMDB) defendeu o legado da família Borges, principalmente, seu irmão o Conselheiro do Tribunal de Contas Sergio Borges, e aproveitou para alfinetar Edson. “Você está preocupado com meu irmão, mas o Sérgio que rejeitou suas contas, foi o Sérgio Aboudib”, disse Marcos Borges.

Carlos Von (PSDB) direcionou seu tempo para criticar Edson Magalhães e para apresentar seu currículo profissional e sua formação acadêmica. “Estudei nos Estados Unidos e quando voltei para o Brasil montei uma empresa de exportação de moda praia. Sou formado em Administração e tenho condições de administrar a cidade”, disse Carlos Von.

Manoel Ki-Delicia (PT) aproveitou para defender o avanço na educação durante o período Dilma. “Se a educação melhorou em todo o país foi graças aos investimentos feitos por Lula e Dilma”, disse. Amaral (PSOL) defendeu o interior de Guarapari e um Turismo sustentável. “Quem foi que disse que nós queremos turismo no interior. Primeiro precisamos conversar com os moradores para ouvir o que eles pensam”, disse.

Gedson (PSB) defendeu a administração de Renato Casagrande e disse ser um dos responsáveis pelo IFES de Guarapari. “Quando fui do gabinete do ex-deputado Rodrigo Chamoun voei de helicóptero com ele e Paulo Hartung e, juntos decidimos pelo local onde o IFES seria construído”, disse Gedson.

Edson Magalhaes (PSD) defendeu sua administração e respondeu sobre o fato de ter indicado o atual prefeito Orly Gomes. “Minha administração fez muito por Guarapari. E eu escolhi o Orly porque ele era bem visto em toda a cidade. Se não deu certo … e daí?”.

Ricardo Rios se apresentou com um perfil técnico e também apresentou seu currículo profissional. “Trabalhei na Assembleia Legislativa com o Deputado Rodrigo Chamoun e quando ele foi para o Tribunal de Contas me convidou para ir com ele pelo meu perfil mais técnico. Antes, trabalhei no Governo Paulo Hartung. Me orgulho de ter ajudado o prefeito Samuel de Piúma a colocar o município como o 2º mais transparente do Estado e quero trazer isso para minha cidade”, disse Ricardo.

Dr. Franz defendeu o ex-prefeito Gotardo e apresentou seu trabalho pela saúde de Guarapari. “Levamos a saúde para o interior do Estado e quero ser prefeito para resolver de vez a saúde em nosso município”, comentou Dr. Franz.

Propaganda. As propagandas eleitorais na televisão começaram hoje no horário do almoço. Dos oito candidatos apenas quatro exibiram o programa: Marcos Borges (PMDB); Ricardo Rios (REDE); Edson Magalhães (PSD) e Manoel Ki-Delicia do (PT). Os outros quatro candidatos não exibiram o programa. Edson Magalhaes, Marcos Borges e Manoel KiDelicia apresentaram um pouco da sua história de vida. Ricardo Rios se manifestou em favor dos usuários do transporte coletivo e contrário ao Rodoshoping.