A apenas um dia  para o Dia das Mães a dona de casa Amilka João da Silva, de 23 anos, sofre por não ter condições financeiras para cuidar do filho doente Abraão da Silva Alves, de 1 ano e 6 meses, e com a possibilidade de não ter onde ir morar com ele, mais dois filhos, de 4 e 8 anos, e o marido.

Abraão nasceu prematuro e como o pulmão não se formou direito respira com a ajuda de cilindros de oxigênio e se alimenta por sonda.

Amilka explicou que o pequeno Abraão nasceu com apenas 5 meses e por isso, o pulmão não se formou direito. O menino respira com a ajuda de um cilindro de oxigênio e tem uma doença chamada displasia broncopulmonar. “Ele tem uma traqueostomia, que é por onde respira com a ajuda do cilindro de oxigênio, e uma sonda para tomar remédios e se alimentar com o leite especial que consigo com o governo”.

Ela explicou que tem dois cilindros em casa porque quando um é levado para encher de oxigênio reveza usando o outro já que precisa deles todas às noites. “Ele dorme com o cilindro, ligo às 10 horas da noite e desligo às seis da manhã”.

Além dos cilindros de oxigênio, Abraão tem outras necessidades que a família não tem como manter porque ela não trabalha para cuidar do menino e o pai, o pedreiro Leandro Alves Pereira, 31 anos, está há 3 meses desempregado. “Ele está precisando de sonda tamanho 8 para aspirar, gaze porque a gente recebe só que vem muito pouco e fraldas no tamanho G. As que recebo pelo SUS não cabem nele, eles não têm o tamanho G então me entregam a P geriátrica que preciso cortar para usar”.

Receita de medicamentos que o menino precisa e a família não tem como comprar.

A mãe também contou que a criança precisa dos medicamentos Flixotide Spray 250 MCG, Salbutamol Spray 100 MCG, Azitromicina 200 MG/5ML e Prednisolona 3MG/ML e não tem como comprar. “O remédio dele também está faltando, ele custa R$ 120,00 e com desconto às vezes sai por R$ 80,00 só que não temos comprar”.

Ela relatou ainda que precisa ir com o filho para Vitória constantemente para realizar consultas com a pneumologista, a neuropediatra e as consultas de rotina. Mas para isso passam por grandes dificuldades com o transporte. “A gente não consegue o carro e temos que ir de ônibus. Da última vez que fomos nós passamos um sufoco com ele porque o pai dele precisou cortar um caninho para poder soprar o ar quando ele passou mal porque não tinha como ligar o cilindro de oxigênio. Eu não pude ir na prefeitura para ver a ambulância, mas a menina viu para mim e foi informada que não tem a ambulância, só o ônibus. Mas ele sai daqui para chegar lá sete horas e passa recolhendo às quatro horas só que eu falei que esse horário para mim é complicado porque o neném tem o horário das coisas dele”.

O desemprego de Leandro também faz com que a família passe por necessidades. “Estamos nos alimentando com a ajuda do pessoal da igreja católica. Eles nos mandaram uma cesta básica e uma caixa de leite para as outras duas crianças. Uma doação de alimentos ou até mesmo um emprego para meu marido ajudaria demais”, disse Amilka.

A enfermeira Jailza Dias da Costa, que ajuda a família, e os pais do pequeno Abraão.

Ela relatou que o menino é aposentado, mas o dinheiro não é suficiente para manter a casa. “O aluguel a gente paga R$ 250,00 e a luz veio R$ 246,00 e a outra R$ 249,00. Ela vem alta porque do cilindro de oxigênio”.

Sem dinheiro para pagar o aluguel da casa de dois cômodos onde mora, a família vai ter que deixar o imóvel e está construindo uma pequena casa nos fundos da casa da mãe de Leandro. O material de construção e a mão de obra são doações dos vizinhos, mas falta muita coisa para acabar a casa. “Os vizinhos Ronald, Ronaldo e a Jailza estão nos ajudando e quero até aproveitar para agradecer a eles essa força porque estamos lutando para sair do aluguel. Mas estamos precisando de lajota, cimento, areia, madeira, telhão, piso, tinta para terminar. Se tiver alguém que puder nos ajudar com a doação desses materiais eu agradeço porque estamos fazendo dois cômodos”.

Amilka e Leandro na casa de dois cômodos que começou a ser construída com a ajuda de vizinhos, mas falta material para terminar a obra.

“O projeto era fazer também o quartinho do bebê do lado, mas o material não deu e a gente está fazendo o que dá. Temos o prazo de até segunda-feira para mudar para não ficar devendo mais um aluguel. A gente está tentando prolongar, mas se não der vamos ter que mudar para cá do jeito que está. Com a situação do bebê não seria bom porque como está em obra tem a poeira, mas se não tiver outro jeito, vai ser assim”, disse o pai preocupado.

Quem quiser ajudar pode entrar em contato nos telefones 99687-1887/ 99707-1482 Amilka ou ainda 99889-2256 Jailza.

O Portal 27 procurou a prefeitura para saber porque a criança não recebe as fraldas no tamanho certo e também porque uma ambulância não faz o transporte para Vitória nos das de consulta e foi informado que “A criança e família já estão sendo acompanhadas pela Secretaria Municipal de Saúde e CRAS de Kubitscheck, tendo recebido atendimento social na tarde desta sexta-feira. Já há agendamento de consulta dia 19/05 no Hospital Infantil de Vitória e o transporte já está agendado.

O Programa Municipal de Fraldas Descartáveis é voltado para pessoas idosas e portadoras de necessidades especiais adultos, entretanto, existem algumas crianças na faixa etária de 10 a 16 anos que são cadeirantes, acamados e de outras necessidades especiais que, devido a situação social e de saúde foram inseridas no programa. Estas recebem o tamanho P, de acordo com o tamanho e peso da criança.

Em novembro de 2016 a família entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e foi orientada quanto o funcionamento do programa. Na ocasião foram disponibilizadas, em caráter de teste, algumas unidades tamanho P para que pudesse ser avaliada a usabilidade para possível inserção no programa.

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