Na última sexta-feira (25) os alunos do Centro de Educação Infantil Amarelos, na localidade de Amarelos, região rural de Guarapari, receberam um aviso de que as aulas estavam suspensas por falta de água nas dependências da escola. O bilhete foi colado na agenda das crianças para ser lido pelos pais.

No bilhete, que foi assinado pelos professores da escola, a explicação é de que há quatro meses o poço que abastecia a escola secou, e desde então, a Secretaria de Educação tem fornecido água potável, mas não em quantidade suficiente para fazer a merenda dos alunos e nem higienizar a escola.

bilhete colado nas agendas dos alunos da escola amarelos“Comunicamos que a partir de hoje segunda-feira (28), suspenderemos nossas aulas, devido ao transtorno da falta de água. Retornaremos assim que o problema for solucionado”, dizia o bilhete. A escola, que tem 154 alunos, atende as comunidades de Amarelos, Palmeiras, Acapulco, Lagoa Dourada e Barro Branco.

Na manhã desta terça-feira os pais foram chamados à escola para participar de uma reunião onde foi explicados a eles a situação e os motivos da suspensão das aulas. Alguns pais, revoltados, queriam até bloquear a BR-101 em protesto, mas desistiram da ideia e vão aguardar o município. Faltam apenas 19 dias para o fim do ano letivo, e os alunos estavam em período de provas.

Na tarde de ontem o Sindicatos dos Professores se manifestou sobre o problema. Thiago Mello, que também faz parte do Conselho de Alimentação Escolar, disse que o conselho soube desta situação e enviou ofício à secretaria de educação pedindo explicações. em resposta, a secretaria confirmou o problema e informou que outras escolas também estavam passando por situações similares.

Diana Márgara, Secretária de Educação.
Diana Márgara, Secretária de Educação.

“Como membro do sindicato, posso falar que esta situação prejudica os alunos e também os professores. Não há como um professor ou uma professora dar aula em uma escola onde ele não tem nem água para beber. É um absurdo uma situação como essa e a responsabilidade para resolver esta situação é do município. O sindicato se solidariza com os professores e apoia a atitude deles”, disse Mello.

Procuramos também a Secretaria de Educação para pedir esclarecimentos sobre o caso. A  própria secretária Diana Márgara, nos enviou uma nota sobre o caso:

“A Escola de Amarelos está sim com problemas de água, uma vez que o poço secou. Durante esse período estamos levando água potável para o consumo pessoal dos alunos (para beber e preparação da merenda), temos tido o apoio da Codeg através de caminhão pipa para limpeza e higienização. Agora também teremos o suporte da Cesan, que vai abastecer com caminhão pipa. Vamos instalar mais uma caixa d’água maior como reservatório. Quanto ao poço, já verificamos e o mesmo após as chuvas já está sinalizando que tem água, vamos ter que fazer uma limpeza para retirada de lama, para ver se após esse processo teremos água.

A mesma informação é para a escola de Campo Grande (Laje das Pedras), estamos adotando essas mesmas ações. Sabemos que estamos vivendo uma crise hídrica, e as escolas campesinas são as mais afetadas. Na escola de Campo Grande, fizemos um novo poço, e precisamos finalizar. Também receberá uma caixa d’água maior para reservar a água recebida pela Cesan”.

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