Membros de Escolas de Samba de Guarapari reclamam da falta de diálogo da  Secretaria Municipal de Turismo, Empreendedorismo e Cultura (SETEC) com os carnavalescos da cidade. De acordo com o diretor da Mocidade Alegre de Olaria, Tarcísio Ribeiro, a verba, que as escolas recebem todo ano da prefeitura, ainda não foi definida. “Já estamos quase em dezembro e não sabemos ainda qual valor será destinado para cada escola. A Olaria está com o barracão montado desde agosto trabalhando, mesmo sem ter noção do quantos nos será disponibilizado”, diz Tarcísio.

De acordo com o diretor da Mocidade de Olaria, todas escolas de samba receberam neste o ano o valor de 35 mil da prefeitura para poderem executar o desfile.

O diretor da escola de samba de Olaria, fala que chegou a cobrar da SETEC uma posição sobre o repasse, mas de acordo com ele, os carnavalescos receberam a resposta de que ainda não era hora de discutir sobre tal assunto.

Tarcísio fala que esse é um problema recorrente no Carnaval de Guarapari. “Todos os anos acontece a mesma coisa. Eles deixam para cima da hora para aceitarmos qualquer valor. No carnaval deste ano, por exemplo, a escola já estava trabalhando antes de receber a verba, contávamos com o valor de R$55 mil, como havia sido nos anos anteriores. Mas a prefeitura só nos repassou R$35 mil, porque pegou o montante e dividiu por igual para todas as escolas, mesmo as que existem a pouco tempo. A diferença no valor foi quase toda paga com eventos e os alugueis de fantasias. Mas R$10 mil foram tirados do bolso da própria diretoria ”, relata o diretor da Mocidade Alegre de Olaria.

O diretor da Escola de Samba Guarapari Imperial, que preferiu não ter o nome revelado, também reclama da indefinição. “Não houve ainda reunião nenhuma, nada foi passado. Ainda não se sabe que quantia vai ser, quando ela vai sair e nem se ela vai realmente sair. Ouvi falar que este esse ano o valor será de R$200 mil para tudo, montagem e repasse das escolas. Aí fica muito difícil fazer o desfile. Mas o que nos resta é aguardar a posição da Secretaria de Turismo” diz.

O diretor da Guarapari Imperial, inaugurada em 2016, fala que as se as novas escolas não receberem o mesmo valor, não terão chance de competir em igualdade com as escolas mais tradicionais da cidade. “A Guarapari Imperial foi criada em 2016, se não nos for repassado o mesmo valor, nunca vamos conseguir chegar no mesmo nível para competir com as outras escolas ”, conclui o diretor da Guarapari Imperial.

O Portal 27 procurou a Prefeitura de Guarapari, que através de nota, informou que “A Secretaria Municipal de Turismo, Empreendedorismo e Cultura – SETEC esclarece que ainda está realizando algumas definições e que os blocos e escolas serão contactadas o quão breve possível“, afirma a prefeitura.

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