*Por Maria Leandra Aroeira | Na tarde de quarta-feira (27), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) anunciou a confirmação dos três primeiros casos da nova variante da Covid-19, denominada EG.5 e conhecida como Éris. Durante uma coletiva de imprensa, o Secretário Miguel Duarte e o Subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Amaral Cardoso, apresentaram uma atualização do cenário epidemiológico da Covid-19.

Variante Éris. Segundo o subsecretário, os pacientes que receberam a confirmação da variante são moradores da Região Metropolitana e relataram não terem viajado recentemente. Orlei também enfatizou que a identificação dessa variante só pode ser realizada por meio do teste de RT-PCR, que é capaz de detectar o material genético do vírus. Ele destacou: “O teste rápido de antígeno não possibilita esse tipo de vigilância. As amostras devem ser encaminhadas ao Lacen, onde, por meio da biologia molecular, é possível obter o resultado. Atualmente, estamos bem equipados para realizar esse processo.”

Aumento de casos. O subsecretário também compartilhou preocupações com o aumento no número de casos confirmados nas últimas três semanas. Segundo os dados epidemiológicos, observou-se uma alta nas notificações e no número de casos confirmados no Estado, tanto por meio de testes rápidos como por RT-PCR. 

Mortes por Covid. Cardoso forneceu informações sobre os óbitos relacionados à Covid-19 no Estado, no período de janeiro a agosto. Foram registrados 120 óbitos, com uma média de idade de 75 anos. 68% dos pacientes estavam internados, e 35% deles não tinham recebido nenhuma dose ou tinham um esquema de vacinação incompleto.

Vacinação. O subsecretário ressaltou a importância da vacinação, especialmente para pessoas que fazem parte de grupos de risco, acrescentando: “Esses pacientes têm a probabilidade de adoecimento maior. A grande preocupação é que eles ficam mais vulneráveis. Uma vez que essas pessoas não estão imunizadas, há um grande risco de ter agravamento nos casos e ser fatal.”

Cardoso destacou a disponibilidade da vacina bivalente e explicou o processo para tomar essa vacina. “Após tomar as duas doses da vacina monovalente e esperar quatro meses após a última dose, é possível receber a vacina bivalente. Hoje o estado tem cerca de 700 salas de vacinação distribuídas entre os 78 municípios”, informou ele, encorajando a população a buscar a imunização completa.